Rede rodoviária dos países da SADC facilita o comércio
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Foto por Vigas da Purificação
“Temos de conservar as estradas que podem facilitar a circulação entre os membros da SADC e facilitar as trocas comerciais e a circulação de pessoas e bens”, destacou.
Segundo o plano mestre revisto do desenvolvimento de infra-estruturas regionais (RIDMP), a rede rodoviária da SADC é um dos activos do sector público maiores da região.
A produtividade em todos os sectores da economia é afectada pela qualidade e desempenho do sistema rodoviário. Portanto, é essencial que este bem vital seja gerido de forma eficiente e eficaz, invariavelmente, dentro de uma situação orçamental restrita, em apoio ao desenvolvimento socioeconómico de crescimento e desenvolvimento da região.
Estradas eficientes
Na ocasião, o director-geral do Instituto Nacional de Estradas de Angola (INEA), António Resende alertou aos especialistas para a obtenção, a curto prazo, de estradas com eficiência na circulação rodoviária, conforme os pressupostos do protocolo da Comunidade de Desenvolvimento para a África Austral (SADC) sobre transportes e comunicação.
A fonte defendeu um diálogo permanente para busca de ideias, novas soluções e resultados para a implementação da política de harmonização de melhores serviços nas estradas de África.
Padrões rodoviários
Estimava-se que cerca de 50 por cento da rede rodoviária principal pavimentada na SADC estava em boas condições e a restante classificada como regular apenas. Botswana, Leshoto e Namíbia têm particularmente bons padrões rodoviários e cerca de dois terços das estradas sul-africanas e do Zimbabwe estão em boas condições. No Malawi, Swazilândia e Tanzânia, cerca de 55 por cento das estradas estão em boas condições e esta proporção é um pouco mais baixa na Zâmbia onde são apenas 40 por cento. Em Moçambique e Angola, as estradas estão a melhorar.
Nestes dois países, um programa em curso de reabilitação tem melhorado as condições das estradas, cuja rede das principais não pavimentadas está em condições consideravelmente regulares e a de pavimentadas com menos de 40 por cento em boas condições.
Segundo uma fonte da organização regional, a condição das estradas é afectada pela carga de tráfego.
O seu volume na maioria das principais estradas regionais é baixo, raramente excedendo 2.000 veículos por dia, excepto perto das áreas urbanas e é, geralmente, menos de 1.000 veículos por dia. A excepção principal é a África do Sul, onde até 120.000 veículos por dia são encontrados nas estradas de duas vias próximas às áreas metropolitanas e na ordem de 60.000 a 80.000 veículos por dia entre as grandes cidades. A fonte destaca que, nas regiões Leste e Sul, a rede rodoviária é bastante densa e em boas condições, embora com uma necessidade em curso para manutenção periódica, reabilitação e melhoramento.
No Ocidente, particularmente em Angola e na República Democrática do Congo, além de uma necessidade urgente de reparar-se os danos do conflito, existe uma clara necessidade de novas estradas para promover o crescimento económico e a integração regional, lê-se no plano.
Custo de manutenção
A fonte que temo vindo a citar, destaca que uma questão importante em toda a região é o custo da manutenção. Apesar dos grandes investimentos que foram feitos no passado em infra-estruturas de transporte rodoviário, a gestão ineficiente e um financiamento insuficiente levaram à deterioração das condições das estradas e custos de transporte aumentados em muitos países da SADC.
As abordagens tradicionais de gestão de estradas e financiamento que contam com a gestão das estradas através de um departamento do Governo e com o seu financiamento através de atribuições orçamentais gerais, não têm, de um modo geral, funcionado de modo aceitável.
Novos métodos são necessários para estabelecer as prioridades e financiar a procura crescente para o fornecimento e manutenção de uma rede de infra-estruturas de qualidade de transporte rodoviário. Isto inclui o transporte de passageiros e o de mercadorias. Os custos do transporte rodoviário são competitivos em relação ao ferroviário e a qualidade de serviço é geralmente melhor.
Como consequência, o transporte rodoviário é agora um componente importante do sistema de transporte regional e internacional, ligando os países sem litoral, refere o documento.
Debates
No encontro, os especialistas discutiram questões relacionadas com a gestão e financiamento de rede, materiais e padrões de desenho, construção e manutenção, segurança rodoviária, pesquisa e desenvolvimento, além da transferência regional de tecnologias.
O principal objectivo da Asanra é elevar a coordenação política regional e a integração dos sistemas de transportes rodoviários com vista a melhorar a eficiência do transporte inter-regional.
Os participantes abordaram igualmente questões relacionadas com os projectos que visam melhorar procedimentos em matéria de gestão da malha rodoviária regional promover o desenvolvimento e a melhoria dos métodos de gestão, planificação, pesquisa, projecto, construção e manutenção de infra-estruturas rodoviárias.