Energia nocturna
A equipa – composta por cientistas da Universidade de Stanford, Universidade de Los Angeles e Universidade da Califórnia – desenvolveu um dispositivo que funciona a partir de diferenças de temperatura registadas nas duas faces de uma cerâmica com propriedades condutivas criada pelo conjunto.
Mais especificamente, o lado que fica voltado para baixo é aquecido pelo ar que circula muito próximo da superfície do local onde o aparelho é instalado – no caso dos experimentos, o dispositivo foi colocado no topo de um edifício –, enquanto que o lado de cima (e que fica voltado para o céu noturno) é naturalmente resfriado.
Essa perda de calor ocorre conforme a superfície irradia energia numa frequência que viaja através da atmosfera e é libertada no espaço – criando uma diferença de temperatura entre a parte superior e a inferior do material cerâmico de 2 °C. E o que ocorre é que essa dinâmica faz com que os eléctrões se movam de uma face a outra do dispositivo, produzindo uma pequena corrente eléctrica.
Durante os testes, os cientistas conseguiram gerar uma quantidade de energia de 25 miliwatts por metro quadrado e fazer funcionar um díodo capaz de emitir luz. Os pesquisadores ainda precisam trabalhar para melhorar a tecnologia, mas entre as aplicações previstas para o dispositivo é que ele possa ser usado para carregar sensores e no funcionamento de lâmpadas em regiões remotas.
Célula é capaz de gerar energia a partir da escuridão
