Ao que apurou o JE, aos leilões semanais apenas devem participar aqueles bancos que liquidem em tempo a factura do dia anterior. Ou seja, antes de receberem novas divisas, os bancos comerciais têm de pagar as divisas que levantaram na operação de há dois ou quatro dias, conforme o calendário adoptado pelo regulador.
“É aqui onde reside o problema”, dizem os especialistas em banca & finanças.
No mês de Outubro, o BNA agendou 14 leilões, sendo o primeiro no dia 1 (segunda-feira) e o último a 30 (terça-feira).
No primeiro em que se disponibilizaram 40 milhões de euros, apenas sete (7) bancos participaram e levaram o valor na totalidade. No segundo, os sete bancos participantes levaram apenas 75 dos 100 milhões que o BNA colocou à disposição. No terceiro, os 11 bancos levaram 55 milhões de euros dos 100 milhões dispostos. Já no quarto leilão foram 16 bancos e levaram os 80 milhões todos disponibilizados. O leilão de 12 de Outubro foi o mais fraco, pos apenas três (3) bancos participaram e dos 30 milhões de euros só metade, 15 milhões, foram absorvidos pela banca. O calendário de Novembro deve sari e ao que se vê o jogo do “gato e do rato” na busca das divisas deve prosseguir.
No âmbito das intervenções regulares no mercado de câmbios, no mês de Novembro, o montante indicativo de venda de divisas por leilões organizados pelo BNA é de 850 milhões de dólares, por via de sessões diárias. câmbio oficial e paralelo com a mesma taxa
Câmbio oficial e paralelo com a mesma Taxa
A taxa de câmbio prevalecente no mercado oficial e a do mercado paralelo devem, nos próximos meses, apresentar o mesmo patamar de cotação. O Governo vê nessa convergência enormes vantagens para a economia nacional.Esta semana, o ministro de Estado e do Desenvolvimento Ecomnómico e Social, Manuel Nunes Júnior, citado pela Angop, disse que as taxas de inflação têm vindo a diminuir e a diferença entre a taxa de câmbio oficial e do mercado paralelo tem conhecido uma queda já assinalável.O ministro de Estado apresentou o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022 aos deputados à Assembleia Nacional, tendo recordado mesmo que em Janeiro do ano em curso a diferença entre a taxa de câmbio oficial e a prevalecente no mercado paralelo era de 150%, mas agora está a volta de 20.
O JE soube que nas ruas de Luanda, um dólar está a ser vendido a kz 410 e o euro a 390. O câmbio oficial é de 308 para o dólar e 350 o euro.