Política

Angola considera terrorismo uma ameaça crescente à paz

O representante permanente de Angola junto das Nações Unidas, em Nova Iorque, Francisco José da Cruz, apontou o terrorismo como uma ameaça crescente à paz, à segurança e ao desenvolvimento sustentável no mundo.

01/05/2024  Última atualização 08H50
Representante permanente do país junto das Nações Unidas © Fotografia por: DR

Para o embaixador, que falava segunda-feira na Reunião Aberta do Comité contra o Terrorismo do Conselho de Segurança, o terrorismo é um fenómeno complexo que transcende fronteiras, etnias e religiões, e deve ser combatido através de esforços nacionais e internacionais coordenados e abrangentes.

Francisco da Cruz afirmou que o país está profundamente preocupado com a proliferação de actividades terroristas em todo o mundo, particularmente em África. "Nos últimos anos, temos assistido à expansão do terrorismo e do extremismo violento na região do Sahel, no Lago Tchad, no Leste da República Democrática do Congo (RDC), no Corno de África e no Norte de Moçambique, um verdadeiro desafio para silenciar as armas em África”, sublinhou.

O diplomata lembrou que, ao discursar na Assembleia-Geral das Nações Unidas a 20 de Setembro de 2023, o Presidente da República, João Lourenço, destacou os desafios que África enfrenta para construir a resiliência comunitária.

Neste contexto, o embaixador mencionou que os esforços para conter a propagação do terrorismo e outras acções de desestabilização no continente envolvem custos financeiros que os países nem sempre são capazes de suportar, considerando importante haver um financiamento adequado, sustentável e previsível da comu- nidade internacional.

Francisco da Cruz referiu que esta posição está em linha com a declaração adoptada pela 16ª Sessão Extraordinária da Assembleia da União Africana sobre o Terrorismo e Mudanças Inconstitucionais de Governos em África, realizada em Malabo, Guiné Equatorial, a 28 de Maio de 2022.

O evento renovou o apelo às Nações Unidas, particularmente ao Conselho de Segurança da ONU, para a utilização de contribuições fixas nas Operações de Apoio à Paz (PSOs) mandatadas pela UA, de modo a fortalecer ainda mais os esforços anti-terroristas e promover a estabilização no continente africano.

O representante permanente do país junto da ONU, em Nova Iorque, reiterou o compromisso de Angola continuar a promover iniciativas para construir a resiliência das comunidades e combater o terrorismo e o extremismo violento no continente africano.

Francisco da Cruz manifestou a firme vontade de Angola cooperar com organizações internacionais, em particular a União Africana e as Nações Unidas, com vista a defender um quadro para uma resposta eficaz a estes flagelos que ameaçam o bem-estar das gerações presentes e futuras em todo o mundo.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Política