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Um suposto meteoro iluminou, na noite de sábado (18), os céus de Portugal.
O ciclone tropial Hidaya começou a atingir a costa do Quénia e da Tanzânia, com tendência a agravar as inundações na região, tendo já registado mais de 400 mortos, informou, domingo, o Departamento Meteorológico no Quénia.
As chuvas torrenciais, com ondas de mais de dois metros, ventos violentos e rajadas superiores a 75 quilómetros por hora, começaram a sentir-se na região, uma situação que o Departamento Meteorológico no Quénia prevê agravar-se, segundo revelou a Efe.
Cerca de 400 pessoas morreram na África Oriental desde Março e dezenas de milhares foram deslocadas devido às chuvas torrenciais que provocaram inundações e deslizamentos de terras, arrastaram casas, destruíram estradas e pontes. "As observações actuais sugerem que o ciclone tropical Hidaya atingiu a costa da Tanzânia. Mas, há outro sistema de baixa pressão a desenvolver-se atrás dele", refere o departamento queniano.
Por seu turno, no boletim de ontem, a Autoridade Meteorológica da Tanzânia referiu ventos fortes e precipitação intensa ao longo da costa durante a noite, pedindo aos residentes que vivem em zonas de risco e a quem trabalha junto ao mar a tomar "precauções máximas". O ciclone deverá atingir rajadas de 165 km/h quando chegar à terra, informou o centro climático regional.
A época de ciclones no Sudoeste do Oceano Índico decorre normalmente de Novembro a Abril, com cerca de uma dúzia de tempestades por ano. Na sexta-feira, o Presidente do Quénia, William Ruto, qualificou de "terríveis" as previsões meteorológicas para o país, que está prestes a enfrentar o primeiro ciclone da sua história, e adiou por tempo indeterminado a reabertura das escolas prevista para segunda-feira. No Quénia, desde Março, pelo menos 210 pessoas morreram e cerca de 100 outras estão desaparecidas, enquanto 165.000 pessoas foram deslocadas, segundo dados do Governo. "Nenhum canto do nosso país foi poupado a esta devastação", resumiu o Presidente William Ruto..
Na quinta-feira, o Ministério do Interior ordenou que todas as pessoas que vivessem perto de grandes rios ou de "barragens ou reservatórios cheios ou quase cheios de água" saíssem dessas zonas no prazo de 24 horas. A Sul, pelo menos 155 pessoas morreram na Tanzânia em inundações e deslizamentos de terras.
A África Oriental é altamente vulnerável às alterações climáticas, e a precipitação na região este ano foi amplificada pelo El Niño, um fenómeno climático natural, geralmente, associado ao aquecimento global, que provoca secas em algumas partes do mundo e chuvas fortes noutras. No Burundi, pelo menos 29 pessoas morreram e 175 ficaram feridas desde o início da estação das chuvas, em Setembro, de acordo com o Gabinete das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários (OCHA).
O OCHA estima que as chuvas torrenciais, que estão a assolar a África Oriental, já afectaram mais de 637 mil pessoas, 234 mil das quais foram obrigadas a fugir das suas casas. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) declarou estar "particularmente preocupado" com o destino de milhares de refugiados deslocados no Burundi, no Quénia, na Somália e na Tanzânia.
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