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Cuito Cuanavale e Mavinga têm parte da via livre de minas

O governador do Cuando Cubango, José Martins, mostrou-se, segunda-feira, satisfeito com os trabalhos de desminagem e desmatação que estão a ser realizados no troço Cuito Cuanavale/Mavinga, que permitiram clarificar até agora 50 dos 202 quilómetros do percurso, que vai beneficiar de obras de reabilitação.

02/05/2024  Última atualização 11H10
José Martins efectua visita de constatação de desminagem © Fotografia por: Nicolau Vasco | Mavinga | edições novembro

José Martins, que foi ao terreno constatar o grau de execução do processo de desminagem a cargo do Centro Nacional de Desminagem (CND) em coordenação com a Engenharia Militar das Forças Armadas Angolanas (FAA), garantiu que os trabalhos, que tiveram início em Novembro de 2023, decorrem a bom ritmo e os 152 quilómetros por desminar, entre a localidade de Lievela e a sede municipal de Mavinga, ficarão concluídos até o mês de Outubro.

O governador, que cumpre uma jornada de trabalho de 12 dias no interior da província, nomeadamente nos municípios de Mavinga, Rivungo, Dirico, Calai e Cuangar, explicou que os trabalhos de clarificação e desmatação contam com duas máquinas de fabrico americano e três japonesas de grande porte, que tornam a actividade mais célere.

Acrescentou que neste momento os 37 efectivos ligados ao CND e da Engenharia Militar das FAA estão engajados para que dentro de seis meses os 202 quilómetros entre o Cuito Cuanavale e Mavinga estejam desminados, uma vez que o Executivo já aprovou o orçamento de 265,8 milhões de euros para a reabilitação deste importante troço rodoviário.

Meios que vão acelerar os trabalhos

José Martins anunciou que para acelerar ainda mais os trabalhos neste troço, que faz parte do Corredor Leste da província e que dá acesso à vizinha República da Zâmbia, as equipas de desminagem serão reforçadas nos próximos dias com novos equipamentos.

Além das máquinas, fez saber que as equipas de desminagem vão receber também uma ambulância, duas viaturas ligeiras de apoio e igual número de viaturas pesadas, para o transporte de vários meios.

José Martins assegurou que a execução dos trabalhos de desminagem e desmatação dão garantias que o seu término seja em Outubro e por essa razão o Governo Provincial vai prestar todo o apoio necessário para que as actividades continuem com uma dinâmica mais acelerada, para que as obras de reabilitação da estrada tenham início ainda este ano, de modo a promover a livre circulação de pessoas e mercadorias na região.

Recordou que o projecto de reabilitação do troço Cuito Cuanavale/Lievela/Mavinga, na Estrada Nacional 280, resulta de do Decreto Presidencial nº228/23, de 28 de Setembro, cujas obras estão orçadas em 265,8 milhões de euros.

Fez saber que a reabilitação da Estrada Nacional 280, além de ligar até ao município do Rivungo, passando pela sede municipal de Mavinga, que será a futura capital da província do Cuando, no quadro da nova Divisão Político-Administrativa (DPA), vai dar acesso a muitas zonas turísticas, com maior realce aos parques nacionais de Mavinga e Luengue-Luiana, que constituem o pulmão do projecto Okavango-Zambeze (KAZA) na componente angolana.

"Por isso, é de suma importância a rápida reabilitação dos troços Cuito Cuanavale/Mavinga até Rivungo, para o fomento da actividade turística nestas localidades, que oferecem um enorme potencial para o efeito, faltando apenas o investimento público-privado, com vista à criação de mais empregos e aumento de arrecadação de receitas para os cofres dos Estado”, disse.

José Martins referiu que o processo de desminagem e desmatação que está a decorrer no troço Cuito Cuanavale/Lievela/Mavinga dão garantias de dias melhores, para se acabar com o grande calvário que se vive actualmente, tendo em vista que a viagem que se poderia fazer em cerca de duas horas com estradas asfaltadas, hoje dura entre 16 e 18 horas.

Nicolau Vasco | Mavinga

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