O plano do Governo britânico, que permite deportar requerentes de asilo para o Rwanda, tinha sido assinado na quinta-feira pelo rei Carlos III, permitindo a organização dos voos de repatriamento.

Este processo gerou um longo e turbulento debate parlamentar em que os 'conservadores' fizeram valer a sua maioria na Câmara dos Comuns para fazer cair alterações em assuntos-chave.

Assim, na segunda-feira, um homem deixou o Reino Unido, concordando em ser deportado para o Rwanda, depois do seu pedido de asilo ter sido rejeitado no final do ano passado, segundo vários relatos da comunicação social britânica.

O homem, citado como africano, viajou num voo comercial, segundo relatos dos 'media'. O requerente de asilo concordou em ser deportado para Rwanda e receber um pagamento de até 3.000 libras (3.500 euros, à taxa de câmbio actual) em troca, revelaram fontes governamentais, citadas pelo Times.

Contactado pela agência France-Presse (AFP), o Ministério do Interior não confirmou esta informação, segundo a plataforma Notícias ao Minuto. "Agora podemos enviar requerentes de asilo para o Rwanda como parte da nossa parceria para a migração e o desenvolvimento económico", destacou um porta-voz do Governo britânico.

"Este acordo permite que pessoas sem estatuto de imigração no Reino Unido sejam realocadas para um terceiro país seguro, onde serão ajudadas a reconstruir as suas vidas", acrescentou a fonte.

O Governo britânico adiantou, ontem, que espera deportar para o Rwanda, "até ao fim do ano", um grupo já identificado de 5.700 requerentes de asilo, após a adopção da sua controversa lei destinada a desencorajar as travessias ilegais do Canal da Mancha.