A Organização das Nações Unidas (ONU) considera importante incutir hábitos sustentáveise consciência climática nas famílias desde cedo, pelo papel que desempenham na transmissão de valores ao longo de gerações.
A maior parte dos acidentes por descargas atmosféricas têm acontecido nas áreas descobertas, como parques de estacionamento, ruas e campos agrícolas, informou o porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, aconselhando as pessoas a evitarem esses locais durante a chuva.
O oficial considera a situação muito preocupante, tendo em conta o número de vítimas mortais e feridas nos últimos meses. "Associa-se a este facto a falta de informação por parte da população, assim como a ausência de pára-raios em determinados locais e de meios técnicos para fazer os primeiros socorros, já que muitas vítimas acabam por sucumbir ao longo da transportação para o hospital”, referiu.
Número de vítimas
O porta-voz dos Bombeiros avançou que, de 15 de Maio a 15 de Novembro deste ano, 169 pessoas foram vítimas de descargas atmosféricas, entre as quais 116 morreram e 53 ficaram feridas.
De acordo com os dados dos Bombeiros, nesta época chuvosa, o Huambo é a província que registou mais episódios de descargas atmosféricas até ao momento. "Houve um registo de 73 vítimas, com 49 mortos e 24 feridos, nesta província, assim como a morte, pela mesma causa, de nove cabeças de gado bovino”, sublinhou o oficial, acrescentando que logo a seguir vem Benguela, com 25 casos.
No geral, informou, as descargas atmosféricas atingiram com maior incidência os habitantes das zonas rurais.
Conselho úteis
O superintendente Bombeiro aconselhou que, na presença de mau tempo, as pessoas evitem algumas práticas, geralmente associadas ao impacto de descargas atmosféricas, como permanecer em espaços abertos ou debaixo de árvores.
"Em época de chuva e com muitos relâmpagos devemos evitar, também, estar em mar aberto, em especial a navegar em pequenas embarcações, ir pescar ou nadar”, recomendou, além de pedir às pessoas para evitarem os campos de cultivo (lavras), trabalhar com máquinas agrícolas, andar em estradas ou usar aparelhos eléctricos.
Sistema nacional de protecção
O porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros informou que foi criada uma Comissão Técnica Interministerial, através do Decreto Presidencial n.º 105/13, de 1 de Novembro, para a criação do Sistema Nacional de Protecção Contra Descargas Atmosféricas. "A missão principal é a de despoletar acções de fiscalização de cobertura nacional, sobre a ausência ou presença de pára-raios nos locais de maior concentração de pessoas e lugares públicos”, referiu.
Previsão de riscos
Para Félix Domingos, a ocorrência de descargas atmosféricas, com maior incidência no sector agro-pecuário, leva a uma profunda reflexão sobre o fenómeno. "As evidências mostram que é muito comum haver registo do fenómeno nas zonas abertas e com o mínimo de influência climática. Logo, os trabalhos rurais estão mais expostos, pois não são feitos com o uso de equipamentos de segurança e muitas vezes os trabalhadores não sabem como se comportar perante o clima de mau tempo ou numa tempestade com descargas atmosféricas”, explicou.
Na zona rural, realçou, poucas pessoas têm conhecimento dos riscos causados por descargas atmosféricas, o que pode ser um dos motivos do aumento dos óbitos. "O trabalho nestas áreas é realizado ao ar livre, com um número considerável de pessoas, o que os deixa mais expostos aos riscos”.
Sensibilização nas comunidades
O Serviço Protecção Civil e Bombeiros, disse, está a intensificar as acções de sensibilização nas comunidades e de fiscalização do grau de cumprimento das medidas de segurança contra as descargas atmosféricas nas zonas de maior concentração de pessoas, como mercados, cemitérios e campos agrícolas.
Pára-raios
Félix Domingos explicou que os pára-raios existem e funcionam como mecanismo de protecção das infra-estruturas e pessoas. Geralmente, esclareceu, quando os raios são atraídos à terra, estes absorvem o relâmpago e desviam a descarga para o solo.
Os pára-raios, sublinhou, são encontrados apenas nos edifícios, estádios desportivos e nas barragens hidroeléctricas. O oficial Bombeiro frisou que não há pára-raios nos espaços de lazer a céu aberto, bem como nos campos de cultivo.
Em relação à conservação dos pára-raios, Félix Domingos admitiu que alguns carecem de manutenção, porém garantiu que tudo está a ser feito pelas autoridades competentes para salvaguardar o seu bom funcionamento.
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