O organizador do festival, Eurico Pereira, explicou que "Ondjélua” é o produto de um trabalho árduo e da paixão pelo cinema, assim como um tributo que se presta a uma herança cultural e a um legado familiar.

Eurico Pereira, que é o realizador do Ondjélua, avançou que "estamos a preparar o novo Projecto sobre os ‘Bacamas’”, que é um documentário que está a ser gravado em Cabinda.

O realizador contou que este projecto está a ser, em muitos sentidos, a realização de um sonho do seu pai. "O meu pai fez parte da equipa de Ruy Duarte de Carvalho, o primeiro realizador angolano a filmar este ritual”, contou.

De acordo com Eurico Pereira, o filme  "Ondjélua - a Festa da Chuva”, que no ano passado se sagrou vencedor do Unitel Angola Move, também foi filmado na província da Huíla, em 2022, concretamente no município da Chibia.  Trata-se de uma releitura do documentário "Ondjélua – a Festa do Boi Sagrado”, do cineasta Ruy Duarte de Carvalho, produzido em 1978, no Reino do Jau, na Chibia, cujo enredo gravita em torno do ritual feito pela comunidade à volta do boi sagrado para que haja chuvas na nova estação agrícola.

Em declarações, ontem, ao Jornal de Angola,  Eurico Pereira disse estar muito satisfeito por abrir o festival em Luanda, que foi fruto de muito trabalho e esforço. "É um sonho  concretizado e o melhor de  tudo é que vamos levar esse trabalho fora do país, para mostrar  a cultura de Angola pelo mundo fora”, destacou.

O mentor do projecto, Jorge  António, explicou que o festival, de periodicidade anual, tem vindo a crescer a cada edição e prova disso é o número de parceiros que querem trabalhar com o DocLuanda. "Desta forma, o festival poderá crescer com mais salas, filmes e convidados”,afirmou.