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Morte de civis na Faixa de Gaza: Nações Unidas acusada de divulgar dados falsos

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, acusou a Organização das Nações Unidas (ONU) de espalhar "dados falsos" sobre o número de vítimas entre os palestinianos no conflito na Faixa de Gaza.

15/05/2024  Última atualização 11H16

O diplomata David Saranga informou, na segunda-feira, que, em poucos dias, a ONU "revisou" em baixa os dados sobre o número de mulheres e crianças assassinadas no enclave. "A ONU reduziu em 50 por cento a sua estimativa de mulheres e crianças mortas em Gaza e afirma que se baseou em dados do Ministério da Saúde do Hamas. Qualquer pessoa que confie em dados falsos de uma organização terrorista para promover libelos de sangue contra Israel é antissemita e apoia o terrorismo", escreveu na sua conta na rede social X (antigo Twitter).

O Ministério das Relações Exteriores de Israel denunciou que "a ONU primeiro publica números inflacionados de vítimas civis em Gaza, reduz quase pela metade e depois afirma que isso é absolutamente correcto e normal".

As acusações à ONU são feitas numa altura em que as negociações de paz estão num impasse. O Primeiro-Ministro do Qatar, Mohamed bin Abderrahman, garantiu, ontem, que as negociações entre Israel e o Hamas para uma trégua em Gaza estão "quase num impasse", apesar dos progressos ocorridos nas últimas semanas.

"Nas últimas semanas vimos algum impulso a crescer. Mas, infelizmente, as coisas não avançaram na direcção certa. Neste momento, estamos quase num impasse", disse o governante no Fórum Económico do Qatar, em Doha.

Mohamed bin Abderrahman indicou que o que aconteceu na cidade palestiniana de Rafah, no extremo sul do enclave  onde tanques israelitas estão a avançar, "fez retroceder um pouco as negociações".

O diplomata admitiu que tinha expectativa de alcançar "um acordo numa questão de dias", mas, acrescentou: "Não há clareza do lado israelita sobre como parar a guerra. Não creio que estejam a considerar isso como uma opção".

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