Desporto

1º de Agosto: Apreciação apresentada defrauda os filiados

Adilson Francisco

Jornalista

Os sócios do Clube Desportivo 1º de Agosto manifestaram-se insatisfeitos com a apreciação do relatório e contas de 2023 apresentadas na Assembleia-Geral Extraordinária que aconteceu, sábado, no Pavilhão Paulo Bunze, na Cidade Desportiva, em Luanda.

17/03/2024  Última atualização 09H43
David Pedro disse que não houve a sustentação/José Dala acusou a ausência de gastos e arrecadações © Fotografia por: Eduardo Pedro | Edições Novembro

Num ambiente de divergência e de convergência, os sócios, na sua maioria, mostraram-se defraudados por faltar no acto magno a transparência do clube sob a liderança do general Carlos Hendrick.

Em declarações ao Jornal de Angola, André David, sócio, disse que a apreciação da prestação do relatório e contas do exercício 2023 não foi em conta às suas expectativas.

"A apreciação da prestação do relatório e contas faltou mais base de sustentação, porquanto não se apresentou quanto o clube arrecadou durante o ano passado e quanto é encaixado no cofre. Não sabemos quais são as fontes de rendimento, não conhecemos o valor que o 1º de Agosto arrecada pelas vendas dos jogadores e quanto sai com as compras. Não sabemos quantos possuímos de momento. Definitivamente, saio da forma como entrei", explica.

David contestou o tempo de exposição da prestação do relatório e contas. O sócio esclarece: "No meu entender, faltou mais esclarecimento das contas de 2023 e o período dos debates da apreciação foi escasso. Dez minutos é insuficiente".

Sem noções profissionais na área, o sócio revelou que a situação apresentada o levou a contrariar os propósitos da direcção cessante.

"Apesar de não entender muito sobre economia, mas o que foi mostrado hoje (ontem) até o cego duvida, por isso, votei contra", revelou. Para 30 de Março, dia das eleições no 1º de Agosto, o sócio agostino já definiu o seu candidato com direito a voto: "Pelo mau estado financeiro que o clube atravessa, o meu voto vai para a lista B, do general Sá Miranda".

Mais insatisfação

José Dala, sócio do clube militar há 30 anos, reagiu à apreciação da prestação do relatório e contas como negativas, pelo facto de não mostrar tudo quanto previu.

"Isso não foi uma prestação de contas, pois faltou constar o quanto gastámos e o arrecadado, bem como as empresas que mais contribuíram para a entrada de dinheiro nos nossos cofres e quais são devedores do clube. Infelizmente, o presidente cessante não programou o que devia apresentar hoje. Não estou satisfeito", afirmou.

Para o adepto militar, o futuro do 1º de Agosto está nas mãos dos sócios militares. "No dia 30 de Março, apelo aos sócios a votar na mudança. Os destinos do clube estão na mão dos sócios. O 1º de Agosto não pode viver nesta situação degradante. O presidente cessante devia, na Assembleia-Geral Extraordinária, reconhecer as falhas e olhar as melhores linhas de pensamentos dos sócios e de quem o rodeia para depois corrigir os erros da administração passada", dissertou.

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