Desporto

1º de Agosto ausente há seis anos da Champions

Jorge Neto

Jornalista

Depois do brilharete alcançado em 2018 na Liga dos Clubes Campeões Africanos, em que disputou às meias-finais e eliminado pelo Esperance de Tunis, num jogo bastante polémico, a equipa do 1º de Agosto tem falhado de forma sistemática o regresso à fase de grupos da maior competição no continente à nível de clubes.

04/03/2024  Última atualização 08H30
© Fotografia por: Agostinho Narciso |Edições Novembro

Comandados pelo treinador sérvio Zoran Manoljović, mais conhecido por Maki, os militares protagonizaram proeza inédita e histórica ao chegar às meias-finais da competição. Na altura, o plantel era composto por jogadores como Toni Cabaça, Dani Massunguna, Mongo, Geraldo, Ary Papel, Buá, Mabululu, Lionel Yombi, Natael, Show, Nelson da Luz, Natael. Contou ainda com as presenças de Paizo, Isaac, Neblú, Bobó, Macaia e Bonifácio. 

Por ironia do destino, desde o brilharete na Tunísia a formação do "Rio Seco" tem feito a travessia no deserto no que toca a presença na fase de grupos da maior montra do futebol africano de clubes, onde vai alterando as eliminações nas primeiras e nas segundas eliminatórias ou mesmo na terceira.

Em função das constantes ausências na fase de grupos da Champion nas últimas épocas, o 1º de Agosto não disputou a I edição da Liga Africana de Futebol, organizada pela Confederação Africana de Futebol (CAF), com as participações de oito equipas.

O clube perdeu um encaixe financeiro na ordem de um milhão de dólares norte-americanos, valores que seriam de grande serventia para o clube que vive problemas de vária ordem, relacionada com o pagamento de salários e prémios de jogos.

 Bobó, o mais resistente

O defesa-central do Congo Democrático, Bodrick Ungenda "Bobó" resiste às vicissitudes que o 1º de Agosto atravessa, sendo o único jogador estrangeiro com mais tempo de casa. O camisola 4 está, desde 2017, na equipa e acumula três títulos do Girabola, após a contratação ao Kabuscorp do Palanca. Das conquistas consecutivas do conjunto militar no Campeonato Nacional, o experiente jogador antes de jogar em Angola, representou a formação do DC Motema Pembe da República Democrática do Congo. Em função da longevidade de rubro negro ao peito, é a voz de comando no balneário. Bobó conquistou o estatuto de capitão de equipa, após o abandono do Dani Massunguna.

Contudo, o congolês democrático possui outras valências, além da defensiva. O jogador que já representou a selecção dos Leopardos em várias ocasiões, assume posições mais adiantadas no terreno de jogo, inclusive marca golos. As estatísticas apontam que é o maior defesa central estrangeiro goleador da história do Girabola, com mais de 20 golos. Porém, ainda está em branco na artilharia na presente edição do Campeonato Nacional da Iª Divisão.

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