Para os militares, os quatro dias sem treino e o clima de greve do plantel vivido na última segunda-feira, aliado à comunicação tardia da realização do jogo, resultaram em consequências para a equipa, segundo o treinador Filipe Nzanza.

Os académicos começaram bem o desafio, mas optaram pela queima do tempo no segundo tempo. A estratégia foi sancionada várias vezes pelo árbitro Donaciano Mulumba, que recorreu à cartolina amarela para impor ordem na quadra de jogo. A exibição dos forasteiros ficou manchada pela postura menos agradável, apesar de conquistar um ponto em Luanda.

Na ausência do capitão Bobó, pelo segundo jogo consecutivo por doença, a dupla de centrais formada por Venâncio e Macaia teve de deixar o meio campo para responder às exigências do conjunto agostino.

Os militares mostraram disposição para chegar cedo à baliza adversária, mas os estudantes vieram com a lição bem estudada e complicaram a vida do ataque da agremiação anfitriã.

Depois do primeiro quarto de hora, registou-se o primeiro sinal de perigo. Manu, num desvio de cabeça, não conseguiu direccionar a bola ao centro da baliza defendida por Nuno.

Aos 27 minutos, após um desvio sublime do avançado, o congolês-democrático Obed Mayamba levou as mãos à cabeça, quando viu Nuno fazer uma excelente defesa. O 1º de Agosto tinha todas as baterias viradas ao ataque.

Perante a ofensiva militar, os pupilos de João Pintar procuraram resistir ao máximo do domínio dos vice-campeões nacionais e clamaram aos santos para chegarem ao intervalo empatados. A prece foi ouvida para o desalento dos adeptos do 1º de Agosto, que se fizeram presentes em número reduzido num momento crucial da equipa.

No reatamento, Makusa mostrou disposição para inverter a tendência de jogo. O atleta da Académica rematou forte ao lado da baliza defendida por Neblu.

A petulância dos estudantes mereceu a pronta intervenção de Venâncio. O agostino não fez rogado e respondeu com um remate que raspou as redes da baliza de Nuno.

Em busca de golo, ainda no início de segundo tempo, Filipe Nzanza mexeu na equipa. Saiu Vingumba e entrou Melono. Em resposta, João Pintar fez duas mexidas numa sentada no meio campo na ânsia de subir as linhas e criar o maior perigo ao último reduto dos militares: saíram Bicho e Nelo e entraram Bruno Walale e Nelito.

À medida que o tempo corria, a ansiedade dos agostinos aumentava, o que inviabilizou a concretização das ocasiões flagrantes. César Cangue obrigou Nuno a uma defesa valiosa, que segurou o empate nulo.

No lado contrário, a formação lobitanga contou com o irrequieto Vali, que deu enormes dores de cabeça no lado esquerdo da defesa militar.

Apesar da velocidade imprimida pelos comandados de Filipe Nzanza, o resultado manteve-se inalterado até ao apito final do árbitro Donaciano Mulumba.

Sagrada derrota Bravos de Maquis

O golo do ex-avançado do FC Bravos do Maquis, Debanda, ao minuto 15, garantiu, ontem, a vitória, por 1-0,  do Sagrada Esperança diante dos maquisardes do Luena, em partida de acerto ao calendário a contar para 14ª jornada do Girabola, disputada no Estádio Mundunduleno, em Luena.

Com a vitória, os diamantíferos aproximam-se do campeão nacional(2º classificado) e ao líder da competição.

A equipa de Roque Sapiri está a um ponto do Petro de Luanda (31) e a dois do  Clube Desportivo da Lunda-Sul.