Desporto

1º de Agosto: Sócios reprovam relatório e contas

Jorge Neto

Jornalista

A apreciação do relatório e contas referentes ao ano 2023 do Clube Desportivo 1º de Agosto mereceu um "chumbo" da maioria dos sócios presentes, na Assembleia-Geral Extraordinária, sábado, realizada no Pavilhão Paulo Bunze, situado na Cidadela Desportiva.

17/03/2024  Última atualização 09H39
Presidente da Mesa da Assembleia (à esquerda) diz que cumpriram com a deliberação © Fotografia por: Eduardo Pedro | Edições Novembro

Num ambiente de acesos debates, a reunião começou uma hora depois para se conformar ao quórum exigido pelos estatutos do clube, perto de três horas e meia. Na presença de cerca de 3000 (três) mil adeptos, dois mil votaram a favor de uma auditoria no dia 25 do corrente ou antes das eleições agendadas para 30 deste mês. 

"Foi um debate acalorado, próprio dos actos que têm a dimensão da Assembleia Geral. Chegámos a conclusões, o relatório teve uma apreciação negativa dos membros. Foram baixadas indicações para que trabalhassem rapidamente e, no prazo estabelecido, entregassem o relatório de contas para a sua aprovação. Se não for neste mandato, deixámos ao critério da próxima Assembleia-Geral", disse o presidente da Mesa da Assembleia-Geral, general Altino dos Santos.

O dirigente garantiu que a reunião surgiu em consequência da deliberação da última Assembleia-Geral Ordinária.

"Cumprimos com a deliberação que a Assembleia-Geral passada orientou que hoje (ontem) se realizasse esse acto para a apreciação de relatório e contas do 1º de Agosto do ano 2023. E assim foi feito", considerou. 

Altino dos Santos explicou que o ponto principal da reunião era a apreciação do relatório e contas e não a sua aprovação. "Nós não aprovámos, mas apreciámos. Houve determinados passos que não foram cumpridos. A Assembleia analisou e apreciámos simplesmente. Se tiveram atentos à ordem de trabalho, lá está a apresentação e apreciação do relatório e contas", destacou.

A votação feita pelos sócios presentes considerou negativa o exercício apresentado pela direcção cessante liderada pelo general Carlos Hendrick.

"Levámos a votação no final, depois de ouvirmos a direcção do clube a fazer a sua apresentação e essa votação deu mais votos de uma apreciação negativa do que positiva. É essa a realidade", afirmou o dirigente.

O dirigente ressaltou alguns equívocos constatados: "Nós não falámos de gestão danosa aqui, embora tivesse sido levantada por alguns sócios. Consideramos que, por não ser a apresentação do relatório e para a sua aprovação, não nos referimos se houve ou não gestão danosa. Cada um interpreta o resultado da votação", referiu.

Altino dos Santos deixou no ar a resposta ligada sobre o impacto da situação vigente na continuidade da lista C face às eleições do próximo dia 30:  "Vamos ver. Penso que não.

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