Sociedade

Acordos de parcerias marcam segundo dia da Conferência Espacial de África

Xavier António

Jornalista

A assinatura de acordos de parcerias e memorandos de entendimento vai dominar, hoje, o segundo dia da Conferência Espacial de África-2024 (NewSpace Africa Conference, em inglês), que decorre de 2 a 5 deste mês, em Luanda, com a presença de líderes das maiores agências espaciais do mundo.

03/04/2024  Última atualização 12H45
Porta-voz da “NewSpace Africa Conference” © Fotografia por: Paulo Mulaza| Edições Novembro
A informação foi avançada, ontem, pelo porta-voz do evento, Gilberto Gomes, quando fazia o balanço do primeiro dia do certame, que acontece pela primeira vez num país da África Austral.

Para o responsável, o acto de assinatura de memorandos e acordos de parcerias, que serão rubricados hoje, sinaliza o principal objectivo da realização deste evento.

Primeiro dia

Em relação ao primeiro dia da "Conferência Espacial de África 2024”, Gilberto Gomes considerou positivo, refeindo que o período da manhã foi marcado com o discurso "inspirador” do ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social.

O ministro destacou os ganhos do programa espacial angolano já alcançados, documentos reitores, bem como a conectividade que o Angosat II tem proporcionado para as zonas mais recônditas.

"Também tivemos um briefing sobre a indústria espacial africana, apresentado pela Space In Africa, cujo mercado está cotado em 19 mil milhões de dólares e com uma perspectiva de crescimento para 22 mil milhões de dólares”, frisou.

Segundo o porta-voz, o primeiro dia foi, igualmente, marcado com a presença de 28 empresas, investidores de capitais de risco e uma reunião dos ministros, em que se debateram as políticas e melhores práticas para a criação das prioridades que permitem o surgimento de mais empresas espaciais em África, para ajudar a combater a fome e a pobreza. 

No período da tarde, disse, a conferência foi dominada por apresentação de vários painéis com destaque para a "observação e dados da terra,” "sustentabilidade” e "transformação agrícola e segurança alimentar”.

Conforme avançou, os programas espaciais são dispendiosos e, para isso, é necessário existir a cooperação entre os Estados e chegar a soluções conjuntas, como está a acontecer com Angola na região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Neste sentido, prosseguiu, Angola está alinhada com aquilo que são as políticas nacionais e internacionais, cujas acções estão reflectidas no Livro Branco das Telecomunicações de Informação e Comunicação, no Plano de Desenvolvimento Nacional e na Estratégia Espacial.

Por fim, Gilberto Gomes apelou à afluência de todos nesta Conferência Espacial de África-2024,  sobretudo de estudantes, para que a experiência que a comunidade internacional está a partilhar seja, também, absorvida pela academia angolana.

O maior evento espacial do continente, organizado pela Space in África, em parceria com a União Africana e o Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional, reúne, entre outros, representantes de governos, líderes de academias e da indústria espacial africana, com foco no papel do espaço na redução da pobreza.

O certame conta com um stand de exposição de produtos como da Agência Espacial dos EUA (NASA), da Agência Espacial Europeia (ESA), da SANSA (África do Sul) e da KSA (Quénia).

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