Economia

Agricultura namibiana aposta no uso de tecnologias modernas

O Ministério da Agricultura da Namíbia intensificou a campanha para incentivar a utilização de tecnologia no sector em todo o país.

31/03/2024  Última atualização 10H23
A medida decorre do Programa de Desenvolvimento da Cadeia de Valor dos Cereais © Fotografia por: DR

Esta iniciativa visa transformar os métodos agrícolas actuais tendo em conta os desafios apresentados pelas alterações climáticas. Estas iniciativas pretendem aumentar a resiliência e a sustentabilidade na indústria agrícola, além de aumentar a produtividade.

Citado pelo jornal The Namibian, o oficial de relações públicas do Ministério da Agricultura, Água e Reforma Agrária, Jona Musheko, disse que, no âmbito de iniciativas como o Programa de Desenvolvimento da Cadeia de Valor dos Cereais e o Programa de Produção de Culturas em Terras Secas, o Ministério investiu fortemente nas novas tecnologias e equipamentos agrícolas de ponta.

Os agricultores podem utilizar equipamentos como tractores, tractores ambulantes, sistemas de irrigação por gotejamento e equipamentos avícolas, entre outros, para subsídios em insumos e serviços mecanizados.

"A aragem atempada, a colheita eficaz e uma melhor gestão dos animais são possíveis graças a estas intervenções, que eventualmente aumentam a produção de alimentos e a rentabilidade dos agricultores”, disse.

Jona Musheko, que é também porta-voz, fez saber que o Ministério da Agricultura participa, regularmente, em projectos de investigação com a Direcção de Investigação e Desenvolvimento Agrícola para criar tipos de gado e agrícolas adaptados às condições regionais.

Além disso, as colaborações com universidades e empresas de tecnologia facilitam a incorporação de tecnologias de ponta nos métodos agrícolas, o que aumenta a produção.

Jona Musheko observou que, ao reconhecer a exclusão digital que existe nas regiões rurais, o Ministério implementou planos de comunicação para garantir que o conhecimento sobre tecnologias agrícolas seja amplamente partilhado.

Ao utilizar meios de comunicação convencionais, como rádios, e ao criar centros de desenvolvimento agrícola (ADC) em todas as comunidades, o Ministério da Agricultura pretende ligar os agricultores que vivem longe da cidade, e com isso eliminar a exclusão digital e incentivar um leque diversificado de pessoas a utilizar a tecnologia.

Num esforço para diminuir a dependência de combustíveis fósseis e apoiar a sustentabilidade ambiental, o Ministério começou a incentivar as operações agrícolas para o uso de fontes de energia renováveis.

A utilização de energia solar pelo Ministério em iniciativas verdes é uma prova da dedicação à adopção de fontes de energia sustentáveis e à redução da pegada de carbono das actividades agrícolas.

"A nível regional e nacional, há uma implementação rigorosa de mecanismos para rastrear e avaliar os efeitos da adopção de tecnologia nos meios de subsistência dos agricultores, na segurança alimentar e na sustentabilidade ambiental”, disse Jona Musheko.

Benjamin Kondjeni, um agricultor de 29 anos, foi transferido de Okalongo, no distrito de Omusati, para a Quinta Patton, de 3.840 hectares, na região do Cunene, em 2021.

A transferência não foi nada daquilo que ele tinha previsto.

"Trouxe um rebanho de gado pequeno e grande. Desde então, diversifiquei para incluir a horticultura e a produção de carvão vegetal vendida a fábricas locais para satisfazer as exigências do sector energético”, disse.

O jovem agricultor criativo também beneficiou dos avanços da tecnologia agrícola, utilizando drones para inspeccionar explorações agrícolas de cima ou para procurar animais perdidos.

"Tudo está a mudar, embora algumas mudanças sejam difíceis de aceitar. Os agricultores devem acompanhar os mais recentes avanços tecnológicos”, observou Benjamin Kondjeni.

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