A ministra das Finanças chefiou uma delegação angolana que participou, desde segunda-feira passada até domingo, em Washington, nas reuniões de Primeira do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI). Em entrevista à Rádio Nacional e ao Jornal de Angola, Vera Daves de Sousa fez um balanço positivo das reuniões – oitenta, no total –, sendo que, numa delas, desafiou a Cooperação Financeira Internacional (IFC) a ser mais agressiva e ousada na sua actuação no mercado angolano. O vice-presidente da IFC respondeu prontamente ao desafio, dizendo que até está a contar ter um representante somente focado em Angola e não mais a partilhar atenção com outros países vizinhos na condução local do escritório do IFC. Siga a entrevista.
Kaissara é um poço de revelações quase inesgotável, como a seguir verão ao longo desta conversa, em que aponta os caminhos para um futuro mais consequente da modalidade; avalia o presente das políticas adoptadas sobre a massificação e formação. Mostra-se convicto de que o país pode, sim, continuar a ser a maior potência africana do Hóquei em Patins
A comissária europeia para parcerias internacionais, Jutta Urpilainen, visitou Angola, esta semana, onde participou na Assembleia Parlamentar Paritária da Organização dos Estados da África, Caraíbas e Pacífico e União Europeia (OEACP-UE) e assinou quatro acordos de financiamento com o Governo angolano. Na entrevista, considera Angola um parceiro regional muito importante da UE e um verdadeiro defensor da estabilidade e da paz na região.
Como analisa a parceria estratégica entre Angola e a União Europeia?
Essa
parceria é a outra razão para a minha visita ao seu belo país. Angola é um
parceiro regional muito importante da UE, um verdadeiro defensor da
estabilidade e da paz na região e não só.
Queremos
que as nossas relações se aproximem ainda mais, razão pela qual tive muito
orgulho em anunciar 90 milhões de euros de apoio da UE a Angola através de
novos acordos. Vão apoiar a diversificação da economia em Angola através da
economia azul, da gestão dos resíduos e da economia circular, mas também do
Estado de direito e da melhoria da governação e da sociedade civil.
Estamos em presença de uma relação privilegiada?
Sim.
A UE é o segundo maior parceiro comercial de Angola. Prevemos que isto se
reforce consideravelmente no futuro, através da cooperação no âmbito da Global
Gateway.
Este
foi um importante tema de debate nas minhas reuniões com a Vice-Presidente da
República, Esperança da Costa, e o
ministro do Planeamento, Victor Hugo Guilherme.
Acabam de ser assinadas quatro novas convenções de financiamento entre a União Europeia e o Governo de Angola. Que avaliação foi feita dos programas anteriores?
Avaliamos
constantemente os nossos projectos. A continuidade é fundamental para garantir
um impacto sustentável e benefícios directos para os cidadãos. A UE tem uma
parceria de longa data com Angola, cooperamos no âmbito do «Caminho Conjunto»
para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.
Então considera que é uma cooperação bem sucedida?
A
nossa cooperação tem sido muito bem sucedida no apoio à criação de emprego e à
transformação de Angola numa economia resiliente e diversificada. A UE procura
tirar partido deste êxito através do Programa Indicativo Plurianual para Angola
(275 milhões de EUR para o período 2021-2024). Continuaremos a apoiar a agenda
de reformas do Governo angolano, orientada para promover a boa governação,
diversificar a economia e promover o desenvolvimento humano.
Esse financiamento é reembolsável ou não?
Os
quatro programas que estamos a anunciar, 90 milhões de euros no total, são
financiados através de subvenções. Quando despendidos correctamente, não são
reembolsáveis e não precisam ser reembolsados. É o caso da maior parte dos
nossos programas da UE.
Neste caso, que retorno a União Europeia recebe?
Estamos
a construir uma parceria mutuamente benéfica. Angola é um parceiro estratégico
muito importante para a União Europeia. Além dos investimentos feitos através
do Global Gateway, como o pacote que anunciámos durante a minha visita, temos
também o recentemente assinado SIFA (Acordo de Facilitação do Investimento
Sustentável) para aprofundar os nossos laços económicos. Prestamos apoio ao
desenvolvimento económico regional, bem como para combater os desafios comuns,
como as alterações climáticas, e para melhorar a estabilidade na região. Isto
também beneficia a União Europeia.
O financiamento destinado a apoiar a sociedade civil tende a ser mal interpretado em alguns países. Como é que Angola recebeu este programa?
Apoiamos
a sociedade civil na promoção da inclusão. A UE considera que os investimentos
nos países parceiros devem alinhar-se pelas prioridades locais e criar valor a
nível local e através do diálogo com os parceiros locais. O apoio a Angola não
é diferente e certificamo-nos de que as prioridades angolanas são fundamentais
para qualquer investimento que a UE faça.
A execução (operacionalização) destes financiamentos fica a critério da União Europeia ou do Governo de Angola?
A
execução destes programas será efectuada conjuntamente entre a UE e o Governo
de Angola. O Ministério do Planeamento terá um papel crucial na supervisão
destas discussões e a UE vai trabalhar com outros ministérios angolanos para
cada um dos respectivos programas; teremos discussões com o Ministério das
Pescas e dos Recursos Marinhos, para o programa Economia Azul, com o Ministério
do Ambiente, para a Economia Circular, Justiça e Direitos Humanos, para o programa
Estado de Direito e Justiça, e com vários ministérios (Justiça e Direitos
Humanos; Acção Social, Família e Promoção da Mulher; Educação; Saúde;
Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social) para o
programa Sociedade Civil.
Qual é a perspectiva da União Europeia em relação ao corredor do Lobito?
O
Corredor Lobito é um projecto transformador. Vai criar oportunidades
económicas, valor e emprego para Angola, a RDC e a Zâmbia. Pode ajudar a atrair
investimentos significativos. Para além dos benefícios económicos óbvios e do
aumento do comércio regional, penso que o corredor do Lobito será uma força
importante para a estabilidade na região. A estabilidade e o desenvolvimento
são duas faces da mesma moeda.
A Comissão Europeia planeia alargar a cooperação com Angola na área do Desenvolvimento Humano?
Eu própria sou uma antiga professora e acredito profundamente que investir no desenvolvimento humano abre oportunidades económicas e caminho para o desenvolvimento geral e o bem-estar.
O alargamento da cooperação em matéria de desenvolvimento humano é uma prioridade para a UE. Penso especialmente nos jovens, nas mulheres e nos grupos vulneráveis. A UE vai investir na criação de competências para o futuro, para que os angolanos aceitem e criem emprego e crescimento económico em novos domínios.
Os
programas da UE no ensino superior e no ensino e formação técnico-profissional
estão a ajudar Angola a construir uma economia verde, resiliente e
diversificada num mundo digitalizado. Vi isto, com os meus próprios olhos,
quando visitei o centro de formação Dom Bosco, em Luanda, financiado pela UE.
A Alemanha está em recessão. Sendo a maior potência da Europa, este facto não tem repercussões nas parcerias internacionais da União Europeia?
Os novos programas de apoio que reforçam a parceria entre a UE e Angola são financiados através do Programa Indicativo Plurianual da UE para a Ajuda à Cooperação e ao Desenvolvimento em Angola para o período compreendido entre 2021 e 2027. Este financiamento foi aprovado pela Comissão Europeia em Dezembro de 2021. Não é susceptível a flutuações económicas em nenhum Estado-Membro da UE.
Além
disso, foi importante que, apesar da guerra em solo europeu - a agressão da
Rússia contra a Ucrânia - a UE não tenha virado as costas para o resto do
mundo. O meu compromisso firme é continuar a envolver-me consistentemente com o
Sul Global.
Existe a intenção de aumentar o financiamento noutras áreas?
A UE associa-se a Angola para acelerar o plano nacional de desenvolvimento de Angola «Angola 2050» através da Global Gateway. A UE está empenhada para Angola alcançar as suas ambições de diversificação económica - melhorar as cadeias de valor não baseadas no petróleo, criar emprego e reforçar o desenvolvimento do sector privado - ao mesmo tempo que promove a boa governação e o desenvolvimento humano. Estamos a fazê-lo com um pacote financeiro substancial, que envolve os nossos Estados-membros e o sector privado da UE, para impulsionar, ainda mais, os investimentos em Angola.
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