Desporto

Angola ganha Guiné no percurso ao Afrobasket

Armindo Pereira

Jornalista

Garra e crença foram os factores determinantes para a vitória sofrida da Selecção Nacional sénior masculina de basquetebol, por 76-70, sobre a República da Guiné, ontem, no Pavilhão Mohamed Mzali, na cidade tunisina de Hammamet, em desafio pontuável para a ronda inaugural do Grupo E, na primeira janela de qualificação para o Afrobaket'2015.

24/02/2024  Última atualização 13H15
Poste Jilson Bango foi determinante no jogo interior de Angola © Fotografia por: DR

O triunfo dos hendecacampeões foi conseguido apenas nos últimos três minutos do quarto derradeiro, quando tudo parecia terminar num desaire diante de uma equipa sem os mesmos pergaminhos da nação mais titulada no continente berço, apesar na evolução dos guineenses nos últimos três anos.

A julgar pelo começo pouco prometedor, nada fazia crer que os orientados de Aníbal Moreira seriam resilientes apenas nos últimos minutos. A substituir o técnico principal, Josep "Pep" Clarós, por razões excepcionais, Moreira apostou num cinco inicial que desse garantias de um bom início de partida.

A maior complexidade física dos orientados do técnico sérvio, Zeljko Zecevic, à partida passou a ser a primeira barreira no sistema táctico. Os orientados de Aníbal Moreira pareciam não ter soluções para entrar na zona pintada com algum receio de serem tamponados.  

Apercebendo-se disso, a República da Guiné optou por uma defesa à zona. No entanto, os lançamentos exteriores, que há muito deixaram de ser o abono de família do "cinco nacional" esbarravam no aro, para o desespero da equipa técnica.Mas, o facto é que as defesas suplantaram os ataques, os dois conjuntos tiveram pouca produtividade a julgar pelo resultado após a conclusão do primeiro quarto (8-9), com vantagem mínima para os guineenses.  

 O segundo quarto foi mais prometedor em relação ao anterior, mas o combinado angolano mostrava-se pouco criativo, esteve muito dependente das iniciativas do poste Jilson Bango e do base Childe Dundão.

A Guiné, liderada pelo norte-americano Shannon Evans e Cheick Sekou Conde, não dava mostras de baixar a guarda, conseguiu manter a liderança no marcador até o intervalo maior, ao vencer por 33-29, com 24-21 no parcial.

Angola continuou  a jogar descaracterizada, alguns jogadores com créditos firmados não foram capazes de mostras as reais capacidades, factores que deram a possibilidade do adversário alargar a diferença na casa dos dois dígitos (55-44), no final do terceiro quarto.

Quando tudo encaminhava-se para um desaire, Aníbal Moreira, coadjuvado por Miguel Lutonda, engendraram o plano infalível que determinou a reviravolta. A meio do quarto e último períodos, Angola conseguiu reduzir a  desvantagem de dez para cinco pontos.

Foi das mão do extremo Aboubakar Gakou que as esperanças foram relançadas, depois de concretizar dois ataques seguidos, com apoio de Jilson Bango e Childe Dundão, numa altura que a Guiné aparentava escassez de oxigénio, num aparente desgaste físicos das duas principais unidades.

Gakou selou a vitória do conjunto angolano com um triplo, assistido por Childe Dundão e desta força ficou consumada a vitória (76-70) e o consequente arranque prometedor, em Hammamet, rumo ao Afrobasket'2025.

O poste Jilson Bango esteve muito perto de um duplo-duplo,foi o melhor cestinha do lado angolano, com 24 pontos e nove ressaltos, tendo sido o mais eficiente da partida, ao passo que Cheik Conde foi o MVP com 25 cstos convertidos. 

Na abertura do segundo dia de competições, Angola volta a jogar, hoje, às 11h00, desta diante da congénere do Quénia, numa partida que se antevê renhida, depois do scouting feito pelo treinador Cliff Owour.

A Tunísia vai medir forças com a República da Guiné, às 17h00, no último desafio do dia no Pavilhão Mohamed Mzali. 

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