Cultura

António de Oliveira “Delon” partilha histórias do Carnaval

Alice André

O secretário-geral da Associação Provincial do Carnaval de Luanda (APROCAL), António de Oliveira “Delon”, e os participantes da Oficina de Carnaval promovida, na sexta-feira, na Casa de Cultura Njinga Mbandi, do Rangel, reconhecem a utilidade do debate para encontrar-se contributos para melhorar a produção do Entrudo na capital do país.

25/02/2024  Última atualização 09H05
Secretário-geral da APROCAL © Fotografia por: DR

Segundo António de Oliveira "Delon”, actividades do género permitem transmitir conhecimento e passar o testemunho aos mais jovens e às direcções dos grupos carnavalescos.

Este evento, disse, visou partilhar com o público as histórias sobre a origem do Carnaval de Luanda. Para responder a algumas polémicas em torno das classificações no Carnaval, António Oliveira aproveitou o momento para explicar que o Carnaval tem sete itens de avaliação e independentemente do desfile ser uma festa, é um concurso em que os grupos estão sempre em avaliação, por 21 membros do corpo de jurados.

De acordo com o secretário-geral da APROCAL, é um exercício muito grande e complexo. Por exemplo, explicou, quem está a acompanhar o Carnaval pela televisão pode não ter a mesma percepção de quem está no terreno, sobretudo na condição de júri, que nos detalhes vai avaliando os aspectos que não estão ao alcance de quem está em casa.

O encontro, ressaltou, permitiu fazer um exercício em torno de algumas polémicas que vão surgindo, principalmente na avaliação dos grupos. Porém, alertou a importância dos grupos apostarem mais em todos os elementos da avaliação.

Quem também partilhou experiências com a plateia foi Roldão Ferreira, autor do livro "Entrudo, Carnaval, a Maior Festa do Povo Angolano”, obra lançada em 2002, onde aborda os diversos períodos por que passou esta manifestação cultural e do seu inegável contributo ao cancioneiro da música urbana de Luanda.

Superação de lacunas 

Person Galiano, comandante do grupo União Sagrada Esperança, disse ser importante os grupos participarem em encontros do género, por permitir esclarecer alguns equívocos. "Participamos porque aprendemos sempre com essas oficinas, até porque tivemos infelicidade, descemos de divisão e fomos para a classe B. Vamos trabalhar para que na próxima edição voltemos ao escalão principal”, reconheceu.

O comandante emérito do União Recreativo Kilamba Poly Rocha frisou que a oficina foi uma boa iniciativa da Casa da Cultura do Rangel, por ter promovido vários debates sobre questões ligadas à produção do Carnaval. Sugeriu que nas próximas edições sejam abordados temas mais específicos sobre a matéria.

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