O DJ (também conhecido por Dee Jay ou Disc Jockey) tem o objectivo de perceber as preferências do público e seguir os ritmos musicais que animam mais a festa. Os DJ  popularizaram-se pelo mundo a partir da década de 1970, com o crescente aumento de discotecas.

Inicialmente, as mixagens eram feitas com discos de vinil, no entanto, com a evolução da tecnologia radiofónica, os DJ passaram a trabalhar com CD, arquivos digitais e com o MP3.

Hoje, particularmente no país, existe um movimento crescente de DJ ou discotequeiras que estão a conquistar o mercado como é o caso da Avassaladora, considerada a primeira do género no país, Lúcia Afrodite, Diamante Negro Paula, Indi Mateta, Elly Chuva, Miss V, Mirian e Relania, nomes de mulheres que com normalidade aparecem em destaque nos cartazes ou eventos.

Estas presenças com as principais referências em eventos confirmam que a arte para tocar e fazer dançar as pessoas deixou de ser uma actividade exclusiva para os homens. Para as mulheres que exercem essa actividade, têm os dias 8 e 9 de Março, como datas importantes para celebrarem, por serem o Dia Internacional da Mulher e o Dia Internacional do DJ, respectivamente.

A história de duas mulheres que apostam na arte de tocar e fazer danças muitos passistas, mostra que o estigma e preconceito nas sociedades modernas são cada vez menos visíveis. Lúcia Afrodite, Diamante Negro Paula, Indi Mateta e DJ  Mirian partilham histórias de superação e garantem serem responsáveis ao longo da carreira por entreter o público em múltiplos cenários.

A artista está no mercado há nove anos e começou a despontar no dia 1 de Janeiro de 2014. Assume-se como profissional, somente a partir do dia 8 de Março de 2015. Tem mais de 60 vídeos disponíveis com o lema "A DJ que toca para duros e maduros".

Lúcia Afrodite considera-se uma profissional versátil, e já esteve como DJ residente em quatro espaços. Disse que tem tocado em vários pontos do país e actualmente colabora em programas da Rádio Nacional de Angola (RNA). Para os próximos dias, realçou, ter uma  agenda preenchida até ao final do mês. Sinto-me especial e feliz por ser mais valorizada no meu país actualmente. Recordou que foi num dia como ontem que teve o primeiro evento e foi homenageada como DJ, numa actividade realizada pelo DJ Eddy Jr.

A inclinação para a música surgiu a partir de casa. A minha família sempre gostou de música e convívios. Pertenço à família Mingas que respira música e tenho muita influência do meu progenitor e dos tios que eram excelentes coleccionadores musicais e em aniversários até chegavam a convidar bandas para actuarem nos eventos. Quando começou, lembra que as principais referências foram as DJ Zinhle (África do Sul), DJ Dulce Dolce (Estados Unidos), Eli Iwasa(Brasil), Avassaladora e Ely Chuva (Angola).

 
Diamante Negro Paula uma década no mercado

A DJ Diamante Negro Paula está no mercado há mais de 10 anos e de forma resumida falou do percurso. Recordou que a inclinação surgiu como uma mera curiosidade. Frequentava às noites quando estudante e ganhei curiosidade de saber como funcionava o mundo de ser DJ. Não houve nenhuma resistência, apenas aquele receio dos pais por ser mulher e trabalhar às noites.

Diamante Negro Paula  disse que foi influenciada pelo DJ Kapiro. Sempre me inspirei nele, mesmo pela sua forma simples de ser e tocar.  Até ao momento não tenho trabalho produzido. Toco de tudo um pouco, não tenho um estilo específico, no qual exploro. Durante alguns anos, disse, foi residente da discoteca W Club. Felizmente, garantiu, tem a agenda preenchida até ao final do mês.