O Cacimbo, iniciado, oficialmente, ontem, causou, uma vez mais, aplausos, mas, igualmente, receios em grupos e subgrupos, de várias espécies consoante gostos e necessidades, em qualquer dos casos, sublinhe-se, acentuados nas últimas décadas.
Quando estive no Huambo por mor do Centro Cultural, todas as noites, na suite do hotel aparecia gente para tertúlia. Eram conversas sobre literatura, política, governança local, a escassez de bens de primeira necessidade e nunca faltava, de forma misteriosa, como se tivéssemos medo uns dos outros, sim, a conversa acabava no Tala.
Trinta e dois anos depois do estabelecimento das relações diplomáticas, Angola e Coreia do Sul voltam, como que a ser desafiadas não apenas a dar prova da excelência dos laços, por via do reforço das ligações já existentes, mas também a descobrir novas áreas de interesse comum.
A visita oficial do Presidente da República, João Lourenço, à Coreia do Sul, que teve início ontem, foi marcada pelo encontro de alto nível em que se destaca a audiência com o Presidente Yoon Suk Yeol, com o qual o Chefe de Estado angolano, segundo a agência noticiosa sul-coreana, Yonhap, abordou a cooperação política, as trocas comerciais e o investimento em vários sectores, bem como a reunião de cortesia com a Presidente do Parlamento.
A Coreia do Sul tem uma trajectória sobre a qual interessa aprender e, em função da realidade, cultura e outras condições objectivas da sociedade angolana, aplicar o que contribui para desenvolver o país. Vale recordar que depois da guerra entre o Norte e o Sul, que resultou na divisão da Coreia, em 1953, os dois lados saíram muito fragilizados do conflito e, no caso concreto da Coreia do Sul, empreendeu - se um processo de reconstrução que levou tempo e resultados que importam aprender.
Angola é, ainda hoje, um país com uma dimensão pós-conflito, cujo processo de reconstrução e desenvolvimento precisa, também, de experiências, da deslocação significativa de investimentos e a importação de equipamentos de telecomunicações, semi - condutores, computadores, automóveis, apenas para mencionar estes componentes, de que a Coreia do Sul tem sido um parceiro acertado.
Esta posição ficou clara na intervenção do Presidente da República, ouvido ontem através da Rádio Nacional de Angola, na abertura do fórum de negócios Angola - Coreia do Sul, na descrição que fez sobre a economia angolana e as oportunidades e as expectativas que se levantam em torno dos laços entre os dois países.
"Temos uma economia aberta e com enormes potencialidades económicas, pelo que estamos a consolidar um conjunto de reformas com o propósito de melhorar o ambiente de negócios e incentivar o investimento privado na nossa economia”, disse o Chefe de Estado.
Com particular atenção para os jovens angolanos, João Lourenço centralizou parte das suas expectativas no que de bom e promissor virá do reforço dos laços de cooperação com a Coreia do Sul, explicando que "temos uma população jovem, empenhada e desejosa por novas oportunidades de superação profissional e de emprego, pelo que contamos com a vossa competência e valências para juntos contruirmos as pontes de ligação permanente entre os nossos países”.
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LoginOntem, quarta-feira, teve início a estação seca, vulgarmente conhecida por Cacimbo, nome dado no nordeste de Angola, para a época que decorre de 15 de Maio a 15 de Agosto. Esta fase do ano é assim chamada por oposição à estação das chuvas que ocorre entre Setembro e Abril.
A forma como os grandes conflitos são resolvidos, como são geridas as grandes tensões ou como determinados países, cujo hard e o soft power acabam por ter neles uma palavra dizer, acaba, também, indicar o poder crescente, estacionário ou decadente que certas potências têm no cenário mundial.
A necessidade de as famílias manterem-se coesas, unidas e solidárias entre si radica na experiência que há décadas nos tem provado que os problemas económicos, sociais, culturais, apenas para mencionar estes, são transversais a todos os agregados.
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