"A garantia aqui é o compromisso com o país: ou tem ou não tem”,  enfatizou o técnico português.

Quem for convocado, tem de estar ciente de que "vem com a missão de representar a selecção”, disse Pedro Gonçalves.

"Os interesses da equipa são supremos e não podem ser menosprezados, para satisfazer questões pessoais. "O compromisso de representar Angola deve estar acima de tudo, nada se pode sobrepor a isto”, argumentou.

Embora não se considere juiz, tampouco aceite usar a palavra perdão, o seleccionador alertou que é papel da equipa técnica "tomar decisões” que tragam benefícios competitivos à selecção.

Ao analisar os motivos que levam o atleta a falhar a convocatória, o técnico mostrou-se atento a todos os factos, para avaliar com exactidão a atitude dos faltosos.

Pedro Gonçalves revelou que não gostaria de "chafurdar na lama”, mas convidou os jornalistas "a serem mais agregadores”, nesta questão.  Recordou que, em diversas ocasiões, alguns atletas se esquivaram das suas responsabilidades. No entanto, as soluções achadas pela equipa técnica deram os resultados desejados. "Algum caminho foi feito, temos de pensar no futuro”, afirmou.

A selecção nacional aproveita a Data FIFA da semana de 18 a 26 para realizar um duplo amistoso com Marrocos, dia 22, e Comores, dia 25, jogos em que o seleccionador pretende tirar ilações, visando os compromissos de Junho, corrida ao Mundial 2026, e de Setembro, jornadas inaugurais do apuramento ao CAN 2025.

Para este duplo compromisso, Pedro Gonçalves convocou 26 atletas, com realce para três estreantes, dentre eles, o central David Carmo. Eis os eleitos: Neblu, Dominique e Langanga (guarda-redes) Tó Carneiro, Eddie Afonso, Jonas Ramalho, Buatu, Kialonda Gaspar e Núrio Fortuna (defesas) Maestro, Dominique Andrade, Show, Marcos Silva, Megue, Estrela e Walter Monteiro (médios) Mabululu, Gilberto, Elliot Simões, Milson, Chico Banza, Jérémie Bela, Depú e Miro.