Rosa André manifestou preocupação e recomendou às famílias a manter o diálogo constante sobre a saúde sexual, em especial com as adolescentes. "Infelizmente ainda temos muito tabu quando se trata da educação sexual. Mas é preciso ensinar as adolescentes que, hoje, já existem muitos meios anticoncepcionais para se evitar a gravidez indesejada e, consequentemente, o aborto criminal”, disse.

Uma das principais consequências do aborto, realçou, é a infertilidade e, em muitos casos, a morte. "Muitas recorrem aos centros clandestinos, onde lhes são aplicadas injecções em doses não adequadas, que podem provocar a infertilidade”, destacou.

O hospital, disse Rosa André, observou, na semana passada, 5.865 pacientes, com realce a 1.352 na área da pediatria e 567 na maternidade. No mesmo período, destacou, tiveram 23 casos de aborto.

 
Cacuaco

Em média, quatro mulheres, com idades entre 15 e 35 anos, dão entrada em estado crítico, por aborto espontâneo ou provocado, no Hospital Municipal de Cacuaco, de acordo com a directora-geral da instituição.

Anizeth Cutatela avançou os dados ontem ao Jornal de Angola, adiantando que na semana finda a equipa médica realizou 129 partos. O hospital, disse, atendeu um total de 4.811 pacientes, sendo 3.018 nas consultas externas e 1.775 nas urgências. "As principais patologias foram a malária, com 545 casos, a diarreia, com 82, a hipertensão, com 61, e as doenças respiratórias agudas, com 35”, disse.

 
Maianga

O Hospital Josina Machel assistiu, na semana passada, 4.633 pacientes. Na área de clínica geral, de acordo com a directora clínica da instituição, Verónica Nazaré, as principais patologias registadas foram a malária, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, tuberculose pulmonar, insuficiência renal aguda e crónica e as diabetes mellitus descompensadas.

No banco de urgência de cirurgia, acrescentou, foram registados casos de politraumatismo por acidente de viação, traumas crânio encefálicos, assim como de abdómen agudo por peritonite, oclusão intestinal e abcessos alvéolos dentários.

 
Camama

A equipa médica do Hospital Geral de Luanda atendeu, na semana passada, 10.734 pacientes e internou 502, disse, ontem, o director clínico da unidade sanitária. Magalhães Sobrinho disse que as principais patologias foram a malária, com 997 casos, seguida das doenças respiratórias agudas, com 533, a diarreia, com 198, e a hipertensão, com 154 ocorrências.

A área de cirurgia, disse, assistiu 269 pacientes vítimas de quedas, 179 de acidentes de viação, 85 de agressão física, 65 de atropelamento, 53 de ferimento provocado por arma branca e 11 por arma de fogo.

 
Cazenga

Um total de 2.625 pacientes foi atendido no Hospital Municipal do Cazenga, sendo 1.537 nas consultas externas e 1.088 no banco de urgência, de acordo com o director clínico da instituição.

O médico José Mário referiu que as principais patologias foram a malária e as diarreias agudas. "Na semana finda, registamos o nascimento de 63 crianças”, frisou.

Por sua vez, no Hospital Geral dos Cajueiros foram atendidos 4.306 pacientes, sendo 1.595 com malária, 438 com síndrome gripal, 389 com hipertensão, 219 com diarreia e 113 vítimas de acidentes de viação.

 
Viana

O Hospital Materno Infantil Mãe Jacinta Paulina assistiu, na semana passada, 1.850 pacientes, disse a directora-geral da instituição. Filomena Bessa avançou que as principais patologias foram a malária, com 771 casos, as doenças respiratórias agudas, com 372, e a diarreia, com 161. A área da maternidade, acrescentou, atendeu 265 gestantes, das quais 89 parturientes deram à luz.

Gestantes aconselhadas a ter mais cuidados de Saúde

Isabel Rodrigues informou que o banco de urgência do hospital atendeu, nas últimas 72 horas, um total de 758 pacientes, assim como realizou 37 partos. Dos pacientes socorridos, disse, 129 foram por malária, 44 de doenças respiratórias agudas, 21 de diarreias agudas, 13 por infecção de trato urinário e 11 de hipertensão arterial.

 
Zango

A equipa médica dos serviços de Ginecologia e Obstetrícia da ala de maternidade, do Hospital Municipal do Zango 2, assistiu 243 mulheres grávidas e destas 65 tiveram partos normais, disse, ontem, o médico obstetra Sebastião Senga.

O hospital, avançou, atendeu 1.841 pacientes e destes 1.361 foram encaminhados ao banco de urgência para avaliação médica. Entre as patologias com mais registo, explicou, a malária está a liderar com 764 casos, seguido da síndrome gripal com 34, as doenças diarreicas agudas com 33 e a hipertensão arterial com 16 ocorrências.

 
Samba

O Centro de Saúde da Samba socorreu nas urgências, na semana finda, 3.279 pacientes, destes 1.015 permaneceram sob avaliação clínica, explicou a directora clínica, Rosa Manuel, além de acrescentar que na área de maternidade foram assistidas 251 mulheres grávidas. "Realizamos 81 partos”, destacou. Nas consultas externas, realçou, foram atendidas em planeamento familiar 98 pacientes e nas consultas pré-natal 70.

 
Sambizanga

A equipa médica do Centro de Saúde do Sambizanga socorreu 499 doentes com malária e 46 com doenças respiratórias agudas, 28 com diarreias agudas e 26 com infecção urinária, comunicou, ontem, a directora clínica da instituição. Augusta Chandicua explicou que 106 mulheres foram atendidas em planeamento familiar, 71 nas consultas pré-natais, 205 em clínica geral e 193 em pediatria.

Neves Bendinha

O Hospital Geral Especializado Neves Bendinha assistiu 45 pacientes com queimaduras no banco de urgência para queimados, dos quais 23 adultos e 22 crianças, informou, ontem, o director pedagógico e científico.

Mbunga Bondo explicou que nove pacientes internaram devido à gravidade das lesões provocadas pelas queimaduras. No banco de traumas, disse, foram assistidos 51 pacientes, dos quais 20 por agressão física e oito por acidente de viação, enquanto no banco de medicina para assistência primária socorreram 414 pacientes, dos quais 256 adultos e 158 crianças.

Madalena Quissanga

PERIGO
Gravidez precoce leva adolescente às urgências

Durante as comemorações do fim de ano, de 2023 para 2024, Ludmila Correia, de 17 anos, na companhia de amigos e familiares, foi aliciada por um conhecido do primo a envolver-se sexualmente sem o uso do preservativo.

De acordo com a adolescente, no princípio deste mês descobriu que estava grávida. Assustada e sem poder contar nada aos pais, decidiu tirar a própria vida ingerindo alguns comprimidos com lixívia, mas sem sucesso.

A irmã mais velha, ao aperceber-se da situação, aconselhou-a a recorrer a um posto médico clandestino para realizar o aborto. "Comecei a sangrar muito e tive de contar à minha mãe o que me trouxe ao hospital”, disse, acrescentando que hoje, recuperada, se sente arrependida do acto e, por isso, aconselha a outras meninas a não enveredarem  pela mesma prática, pois podem colocar em risco a própria vida.

Ludmila Correia está  actualmente internada no Hospital Geral Especializado do Kilamba Kiaxi. A médica especialista em clínica geral Izilda Sachipunga disse que a paciente deu entrada no sábado, com sinais de choque hipovolêmico e hemorragia.

"A hemoglobina estava 5.1, o que levou a uma hemotransfusão e fizemos também a corretagem, porque chegou com restos da placenta”, explicou, acrescentando que, no momento, a paciente recupera satisfatoriamente e dentro de dias vai ter alta médica.

Engrácia Francisco