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Cabo Verde apela a parcerias para salvaguardar os oceanos

O Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, pediu, ontem, na Cimeira das Nações Unidas da Década dos Oceanos, em Barcelona, o apoio de todos os parceiros para acções que salvaguardem e assegurem o desenvolvimento sustentável dos oceanos.

11/04/2024  Última atualização 10H15
© Fotografia por: DR

"Urge que esta conferência seja um catalisador de compromissos, com acções concertadas a nível local, nacional e internacional e com medidas tangíveis que propiciem a salvaguarda e o desenvolvimento sustentável dos oceanos", disse o Chefe de Estado cabo-verdiano.

José Maria Neves sublinhou as "múltiplas adversidades" que assolam os mares e oceanos, como as mudanças climáticas, poluição e perda de biodiversidade, passando pela pesca ilegal, migrações, tráfico de pessoas, de estupefacientes e armas, até à pirataria e terrorismo.

"As parcerias assumem uma preponderância ímpar, requerendo uma abordagem multilateral que fomente, não só a partilha de conhecimento e as melhores práticas, mas também de tecnologia e financiamento. O repto a que temos de responder nesta conferência é o de sabermos se estamos ou não apetrechados com as respostas adequadas", referiu.

Entre as acções necessárias defendeu a promoção de uma literacia oceânica inclusiva e holística, incluindo educação, formação, cultura, ciência e ambiente para assegurar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas até 2030.

José Maria Neves destacou ainda que Cabo Verde, "consciente de que o mar é a sua maior riqueza natural, se tem empenhado, incansavelmente", na promoção de uma governança oceânica eficaz e na gestão sustentável dos seus vastos recursos marinhos.

"Temos, neste domínio, adoptado uma abordagem holística ambiciosa e ancorada no conhecimento científico, com o desígnio de proteger o mar e os seus recursos e garantir um crescimento inclusivo e ambientalmente sustentável", referiu.

O Chefe de Estado acrescentou que do mar se pode "produzir energia e água, criar indústrias alimentares e farmacêuticas, desenvolver os desportos náuticos e aquáticos, assim como o ensino superior, a ciência e inovação" e lembrou de que aproximadamente 7% do mar territorial cabo-verdiano foi designado como área marinha protegida, "demonstrando um compromisso firme com a conservação da biodiversidade marinha".

O Presidente de Cabo Verde foi nomeado "patrono" da Aliança da Década dos Oceanos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em 2023.

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