Sebastien Haller provou ser o herói, marcando o golo decisivo na recuperação sensacional dos Elefantes, que pareciam condenados após o golo inaugural de William Troost-Ekong pela Nigéria.

Mas Frank Kessie empatou logo após o intervalo, antes de Haller, que se recuperou de um câncer no ano passado, provocar cenas de êxtase ao demitir o vencedor tardio.

Isso coroou uma reviravolta incrível para a Costa do Marfim, depois de quase cair na fase de grupos. A campanha pareceu encerrada depois de uma derrota desastrosa por 4 a 0 para a Guiné Equatorial.

Mesmo assim, o técnico interino Emerse Faé inspirou uma reviravolta vigorosa para chegar à final. Este espírito colectivo resiliente voltou a brilhar à medida que recuperavam do primeiro golo de Troost-Ekong.

A defesa da Nigéria parecia tipicamente desafiadora até que Kessie marcou um empate crucial. Com os penaltis a  se aproximar, Haller desferiu o golpe decisivo, marcando o golo a 13 minutos do fim.

O seu vencedor selou um regresso histórico no meio de cenas emocionantes em Abidjan. Oito anos após o seu último título, a Costa do Marfim reina novamente como reis de África.

Este triunfo representa uma vingança para Faé depois de intervir após um início desesperador sob o comando de Jean-Louis Gasset. Deixados aparentemente desanimados, os Elefantes redescobriram seu rugido para vencer a Taça em casa, na fase mais dramática.

COMEÇO RUIM E POUCO AUSPICIOSO
Caminho tortuoso percorrido pelo campeão

O país anfitrião da 34ª edição da Taça das Nações Africanas, a Costa do Marfim 2023, percorreu um longo caminho na competição para chegar à final.A Cotê d’Ivoire aproveitou bem a sua qualificação como uma das terceiras selecções mais bem colocadas, depois de uma derrota por 4-0 para a Guiné Equatorial quase encerrar a sua campanha.

Grupo A - qualificado como terceiro melhor colocado.Os anfitriões caíram no segundo jogo com uma derrota por 1- 0 para a Nigéria e tudo começou a desmoronar para Jean-Louis Gasset e seus homens.

Eles precisavam de uma vitória no último jogo contra a Guiné Equatorial para se classificarem automaticamente, mas o Nzalang provou ser difícil de vencer. Os Elefantes sofreram uma derrota por 4- 0 e voltaram para casa.

Somente na última partida da fase de grupos de todo o torneio, entre Marrocos e Zâmbia, é que a Costa do Marfim (3 pontos) garantiu a vaga como o melhor terceiro colocado, garantindo a qualificação para as oitavas de final.

Antes da fase eliminatória, a comissão técnica dos Elefantes foi remodelada. Emerse Faé substituiu Gasset, que foi demitido após a pesada derrota para a Guiné Equatorial.

Oitavos de final - (Cotê d’Ivoire 5 - 4 Senegal nos penaltis).

As coisas começaram a melhorar para a Cotê d’Ivoire; eles mostraram grande compostura contra o actual, o Senegal, ao derrotá-lo nos penaltis após os 120 minutos terminarem em 1-1.

Quartos-de-final (Cotê d’Ivoire 2-1 Mali após prolongamento).

Eles tiveram que enfrentar o Mali nos quartos-de-final. Com a confiança recuperada, a Cotê d’Ivoire apesar de ter tido um jogador expulso no início do jogo, conseguiu vencer.

Golos tardios de Simon Adingra e Oumar Diakite no tempo regulamentar e no prolongamento, respectivamente, venceu o jogo para os anfitriões garantirem uma vaga nas meias-finais.

Meias-finais (Cotê d’Ivoire 1-0 D.R Congo).

A Cotê d'Ivoire ganhou confiança nas meias-finais e mostrou o carácter exigido no torneio ao vencer os Leopardos.

Sebastian Haller marcou no segundo tempo e deu vitória aos ivoirienses.Final (Nigéria -2-1 Costa do Marfim).

Ao enfrentarem a tricampeã Nigéria, a Cotê d'Ivoire começou em desvantagem, mas no começo da segunda metade igualou a partida e em seguida deu volta ao resultado, conquistando o seu quarto título.

MÚSICO DE RENOME
Alpha BlondY anima cerimónia de fecho

O ícone global do reggae da Côte d´ Ivoire, Alpha Blondy, foi a atracção principal da cerimônia de encerramento do Campeonato Africano das Nações Côte d’Ivoire 2023.

Nascido Seydou Kone, a estrela de ‘Cocody Rock’ esteve entre os principais artistas da cerimónia, já que as cortinas da 34ª edição do evento desportivo continental fecharam-se no magnífico Estádio Alassane Ouattara, em Abidjan. Esperava-se que o homem de 71 anos cantasse a canção que o levou à fama global, celebrando a música, a cultura e o povo da Côte d'Ivoite, ao mesmo tempo que apela à unidade e à celebração colectiva.

Também estavam no projecto Serge, Roseline, Didi B, Tam Sir e Team Paiya, que juntos interpretaram o famoso e actual hit 'Coup de Marteau', que cresceu e se tornou a música não oficial da competição. Côte d'Ivoire  2023. Esta canção pop capturou o espírito do torneio e o entusiasmo dos ivoirienses, personificando como uma obra musical pode se transformar num símbolo de orgulho nacional e de apoio desportivo. O tema da cerimónia de encerramento reflecte o espírito do torneio e adopta uma abordagem narrativa distinta com foco em efeitos de luz, pirotecnia, projecções visuais inovadoras e apresentações musicais.