Em democracia, sobretudo quando se trata de eleições, não existem vencedores antecipados. Egas Viegas, líder da lista A e Gouveia de Sá Miranda, cabeça pela lista B, partem em pé de igualdade ao pleito até aqui nunca visto na história do 1º de Agosto, mas, verdade seja dita, apenas um deles é presidente para os próximos quatro anos.

Quem for eleito presidente, a partir de manhã tem  a missão hercúlea de renascer as cinzas a que se encontra um dos clubes mais importantes da história independente de Angola, cujo trabalho pode por começar em reorganizar a casa, com o pagamento dos ordenados em atraso dos trabalhadores administrativos, técnicos e por último dos atletas.

Não importa qual dos nomes, mas quem for eleito presidente neste sábado, sabe-se em princípio que vai herdar um fardo financeiro equivalente em mais de 15 mil milhões kwanzas, segundo dados avançados na última assembleia de sócios para a aprovação do relatório de contas, referente ao ano de 2023.

Com os inúmeros problemas vividos, há quase três anos, e com a desistência na última semana do general Carlos Hedrick, presidente ainda em funções, os associados da agremiação, fundada em 1979, estão com o poder na mão e têm a missão de tirar o clube das amarras a que se encontra.

Entre as linhas de força do seu programa, inconformado com a prestação das equipas nas últimas competições disputadas, Sá Miranda, líder da lista B, promete levar o 1.º de Agosto no top das equipas africanas, com destaque para a Superliga, na BAL e estar entre as melhores equipas no ranking da Liga dos Clubes Campeões.

No programa, em nossa posse, Sá Miranda não explica detalhadamente como pretende devolver o D’Agosto na elite do desporto continental, por entender que destas provas, o clube irá arrecadar algumas receitas financeiras para a sustentabilidade das próprias modalidades.