Desporto

Comité Russo vai recorrer da decisão

O Comité Olímpico Russo (ROC) vai recorrer da decisão de privar a sua equipa de patinagem artística da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim'2022, face à punição por doping da russa Kamila Valieva.

01/02/2024  Última atualização 11H10
© Fotografia por: DR

"O ROC certamente recorrerá ao CAS [Tribunal Arbitral do Desporto] contra a decisão da Federação Internacional de Patinagem (ISU, na sigla inglesa) sobre a redistribuição da classificação final do torneio de patinagem artística por equipas”, informou o organismo no seu sítio na Internet, lê-se no Record.

Face à punição por doping da russa Kamila Valieva, a selecção dos Estados Unidos sagrou-se campeã olímpica de patinagem artística dos Jogos de Inverno Pequim'2022, enquanto o Japão foi promovido à prata e a Rússia relegada do primeiro lugar para o bronze.

A alteração da classificação baseia-se na decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (CAS), que impôs uma suspensão de quatro anos à patinadora, que testou positivo para doping em Pequim, quando tinha apenas 15 anos.

A ISU publicou esta terça-feira uma nova classificação, retirando um máximo de 10 pontos em cada um dos dois eventos da patinadora, mas sem acrescentar um ponto às equipas abaixo da Rússia.

Assim, as russas ficam um ponto à frente do Canadá, selecção que terminou em quarto lugar, com 53 pontos, enquanto a Rússia, com a subtração de 20, passou de 74 para 54, o que lhe permitiu manter-se no pódio, mas em terceiro, e sem medalha para Valieva.

A adolescente não contestou o resultado positivo do teste realizado a 25 de Dezembro de 2021 - foi detectada trimetazidina, substância que melhora a circulação sanguínea, proibida desde 2014 pela Agência Mundial Antidopagem (AMA) -, alegando, na altura, com 15 anos, ser vítima de "contaminação através de talheres” partilhados com o seu avô, e que era tratado com a substância por causa da colocação de um coração artificial.

O TAS, que na altura não tinha evidências definitivas e a autorizou a competir nos Jogos, entendeu agora que a atleta "não conseguiu provar”, através de evidências convincentes, que não se teria dopado "intencionalmente”.

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