Dedaldino Cassule disse que a cultura africana, no geral, e a angolana, em particular, é vasta e diversificada, dotada de uma enorme riqueza material e imaterial, aspectos caracterizados pelo conjunto de etnias do continente e a grande sabedoria dos ancestrais demonstrada nos contos, música e provérbios.

O autor do livro "África: O berço dos que ainda dormem” disse que o continente continua, entretanto, a explorar muito pouco esta extraordinária riqueza cultural para o desenvolvimento dos próprios africanos.

A ideia de lançar o primeiro livro, sábado, no auditório da escola Njinga Mbande, em Luanda, disse, teve como objectivo, enquanto jovem, alertar para a necessidade da juventude doar o seu conhecimento para o crescimento do continente.

De acordo com Dedaldino Cassule, a obra enquadra-se nas comemorações do Dia de África, que se assinala a 25 deste mês e leva a chancela da editora Vivo Lendo. Segundo o autor, o livro retrata o conto de um homem misterioso que impede que o jovem Kalupeteca sofra um assalto.

Na delegacia da polícia, explicou, no momento de prestar o depoimento, o homem misterioso deixa para segundo plano as razões que o levaram à esquadra e, subitamente, começa a contar várias histórias do continente africano. "O livro aborda alguns aspectos que retardam o desenvolvimento económico e social de África, comparativamente ao continente Europeu, onde a aposta na educação é fundamental”, referiu.

O autor afirmou que o livro permite fazer uma viagem interessante a vários momentos da história do continente, os bons e os menos bons.

Segundo Dedaldino Cassule, a obra literária procura levar as pessoas a reflectir  e a aprofundar os conhecimentos que têm sobre várias personagens históricas, como por exemplo a Rainha Njinga Mbande e muitos outros soberanos que o país tem na sua rica história.