Nos tempos que correm, na abordagem sobre a importância da liberdade de imprensa na construção da democracia, é incontornável que se fale e se discuta sobre o papel e o impacto das redes sociais na facilitação do acesso à informação por parte do público. Do mesmo modo que com o surgimento da imprensa, entendida em sentido lato, assistimos a uma maior difusão de ideias, de cultura e de conhecimentos, com o aparecimento das redes sociais a divulgação de factos e acontecimentos ganhou outra dimensão.
Para uma melhor compreensão deste artigo de opinião, afigura-se forçoso um recuo histórico, ainda que telegráfico, à Guerra Civil chinesa, que decorreu entre 1927 e 1949, entre comunistas sob a liderança do Chairman Mao Tsé-Tung, que defendiam uma revolução socialista, o fortalecimento do poder dos trabalhadores e camponeses, contra os nacionalistas sob a liderança de Chiang Kai-Shek, que defendiam a ditadura burguesa do proprietário e capitalismo, onde os primeiros venceram a guerra e os segundos foram forçados a se refugiarem na ilha de Taiwan.
Do ponto de vista da concepção humana, seja na perspectiva espiritual/religiosa ou biológica, todo o ser humano é igual, residindo os pontos de convergência nas necessidades fundamentais das quais se destacam a alimentação, a respiração, o descanso, o sono, etc.
Nascendo como uma folha lisa, o seu preenchimento reflecte o exercício de socialização por via das acções diárias que, em resumo, são as diferentes formas de cada um ser, estar e agir na sociedade, dentro da heterogeneidade que caracteriza a vida humana. Perante a Constituição, a igualdade é estabelecida por via do artigo 23.º (Princípio da igualdade), sendo que "ninguém pode ser prejudicado, privilegiado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão da sua ascendência, sexo, raça, etnia, cor, deficiência, língua, local de nascimento, religião, convicções políticas, ideológicas ou filosóficas, grau de instrução, condição económica ou social ou profissão.
As opções de vida, muito mais do que inclinações pelas paixões, habilidades, desejos, ambições e demais quesitos,marcam, quase que por excelência, o desenlace do princípio de igualdade, remetendo-nos às liberdades que devem ser respeitadas como valores fundamentais. Tudo para lá disso é quimera.
Todavia, nos valores sublimes das fronteiras, terra, bandeira, hino, insígnia, que ostentamos como pertença, sem por ela ter gasto um único tostão, se fundam as razões objectivas que materializam o benquisto primado de que, em algum momento, somos todos iguais.
Nesta condição, todos nos obrigamos a, nem que seja por apenas um dia e acção, nos orgulhar em participar da construção deste edíficio que se chama Angola, pelo qual os nossos antepassados lutaram, verteram sangue, suor e lágrimas, para alcançar a independência e seus ganhos objectivos.
Sem imposições de espécie alguma, e compenetrados de que vivemos, hoje, apertos indisfarçáveis, nada há que tenha força suprema no sentido de permitir que vinguem, somente,as correntes negativistas, conforme apanágio de um segmento de compatriotas, que sobretudo elegeram as redes sociais e acessórios, como o palco do "nada está bom”.
Desde que o comando das ideias esteja voltado a uma análise desapaixonada, é saudável compreender e aceitar que nada está mal ou bem na plenitude dos termos, e que o melhor é trabalharmos para a inversão do quadro.
Todavia, razão nenhuma existe para que se crie a tendência discursiva que parece estar a emergir com a paternidade de certos compatriotas que apresentam Angola como um Estado em que nenhuma realização merece aplausos.
Percebendo a actual realidade angolana e as razões para o estado de coisas boas e más que enfrentamos, o melhor posiconamento deve estar na linha de pensamento em que a vontade colectiva para a correcção do mal e melhoria do bem se sobreponha a tudo e todos, menos à Pátria que, pelo seu valor supremo,evoca narrativas que promovam o bem-comum, pois, no final, em algum momento, somos todos iguais. Angolanos.
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