A abertura da Semana da Língua Portuguesa vai decorrer até à próxima sexta-feira e conta com a participação especial do escritor português José Luís Peixoto.

No primeiro momento, o escritor aborda o tema "Conversa sobre Produção Literária” num espaço dinâmico e enriquecedor onde escritores emergentes e conceituados se podem reunir para aprender, crescer e se inspirarem mutuamente enquanto exploram o vasto mundo da escrita criativa.

No seguimento da programação, na quarta-feira, José Luís Peixoto será o convidado da rubrica literária "Escritor do Mês”, que acontece no auditório do Camões -Centro Cultural Português, em Luanda. O evento está destinado a promover os autores que escrevem em Língua Portuguesa, congregando mensalmente estudantes, escritores e leitores.

Na quinta-feira, a partir das 17h00, o escritor participa na "Sessão Bolachão”, no Instituto Guimarães Rosa (IGR). O evento é uma sessão de conversas sobre experiências musicais e literatura à escolha do convidado.

Na sexta-feira, último dia da Semana da Língua Portuguesa, será realizada a "Caminhada Literária”, que parte do Camões - Centro Cultural Português até ao Largo Irene Cohen, cujo objectivo é unir os dois centros culturais e convidam os escritores e o público para a declamação de poesia ao ar livre.

A feira do livro acontece nos dois últimos dias, das 10h00 às 17h00, no Centro Cultural Português, e será uma oportunidade para as livrarias e editoras promoverem e divulgarem as obras dos escritores de Língua Portuguesa.

O Dia Mundial da Língua Portuguesa, proclamado pela UNESCO, é uma oportunidade para celebrar a diversidade cultural e a importância da Língua Portuguesa como meio de comunicação global, mas também promover o intercâmbio cultural e fortalecer os laços entre os países falantes da mesma língua.

José Luís Peixoto nasceu em Galveias, em 1974, é um dos autores de maior destaque da literatura portuguesa contemporânea.

A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de antologias, traduzidas num vasto número de idiomas, e é estudada em diversas universidades nacionais e estrangeiras.

Em 2001, acompanhando um imenso reconhecimento da crítica e do público, foi atribuído o Prémio Literário José Saramago ao romance "Nenhum Olhar”. Em 2007, a obra "Cemitério de Pianos” recebeu o Prémio Cálamo Otra Mirada, destinado ao melhor romance estrangeiro publicado em Espanha.

Com Livro, venceu o prémio libro d’Europa, atribuído em Itália ao melhor romance europeu publicado no ano anterior, e em 2016 recebeu, no Brasil, o Prémio "Oceanos” com a obra "Galveias”. Os seus livros foram ainda finalistas de prémios internacionais como o "Femina” (França), "Impac Dublin” (Irlanda) ou o "Portugal Telecom” (Brasil).

Na poesia, o livro "Gaveta de Papéis” recebeu o Prémio Daniel Faria e "A Criança em Ruínas” recebeu o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores.