Os Elefantes olharam para baixo depois da goleada sobre a Guiné Equatorial na fase de grupos. Mas três vitórias consecutivas conduziram a uma final inesperada  com a Nigéria.

Para Faé, nomeado a meio do torneio após a demissão de Jean-Louis Gasset, esta rápida ressurreição é uma fantasia. "Estou muito feliz, muito emocionado, é como um sonho”, disse radiante depois de vencer a RD Congo por 1-0.

Há apenas algumas semanas, a humilhação contra a Guiné Equatorial deixou em frangalhos a campanha da Côte d'Ivoire. No entanto, Faé conseguiu restaurar a crença no meio dos destroços.

O ivoiriense reuniu a sua equipa, utilizando todo o grupo de 27 jogadores. "Eu disse aos jogadores: vocês são 27 jogadores e conto com todos", explicou Faé, depois de implementar a sua abordagem inclusiva.

"Se quisermos vencer esta competição, venceremos com todos os 27... Tenho dito aos jogadores que todos são importantes, inclusive os que estão nas bancadas, e eles entenderam a mensagem."

Esta unidade vigorosa alimentou a sua marcha até à final, contra todas as probabilidades. Faé deu um novo impulso aos Elefantes quando eles mais precisaram.

Da potencial catástrofe ao confronto de domingo com a Nigéria, Faé planeou uma das maiores reviravoltas da AFCON. Agora vem a oportunidade de conjurar outro milagre.

"Faremos um balanço nos próximos dois dias, analisaremos a Nigéria, embora a tenhamos já defrontado na fase de grupos, veremos a estratégia a implementar para a final”, observou Faé.

Os sonhos podem tornar-se realidade se os Elefantes mantiverem este ímpeto. A missão de resgate de Faé pode ganhar um final de conto de fadas ao vencer o campeonato em casa.