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EUA quer ser alternativa à China no Indo-Pacífico

Os EUA querem oferecer às ilhas do Pacífico uma escolha melhor do que a China, anunciou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, admitindo que Washington não consiga, de forma isolada, competir com a presença crescente de Pequim na região.

05/05/2024  Última atualização 10H15
© Fotografia por: DR

Antony Blinken assumiu esta posição na sexta-feira, depois de os legisladores das Ilhas Salomão, cuja aproximação à China em questões de segurança está a preocupar os Estados Unidos da América e a Austrália, terem escolhido um novo Primeiro-Ministro próximo de Pequim.

"A China cobre uma grande área nas ilhas do Pacífico, provavelmente maior do que aquela que nós podemos cobrir", disse o secretário de Estado norte-americano no Fórum Sedona do Instituto McCain, no Arizona.

Blinken acentuou, no entanto, que ao fazer parcerias com a Austrália, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Japão e Índia, se consegue "cobrir uma grande área". "Vemos isso na nossa capacidade para fornecer algumas das coisas que os habitantes destes países querem", destacou.

"Muitas vezes é mais eficaz dizer a um país: não estamos a pedir-vos que escolham, queremos dar-vos uma escolha melhor", acrescentou Blinken.

O secretário de Estado norte-americano referiu-se a uma iniciativa, anunciada numa cimeira realizada em 2023 entre o Presidente Joe Biden e o Primeiro-Ministro australiano, Anthony Albanese, no âmbito da qual a Google está a construir cabos transpacíficos para melhorar as ligações de Internet em países distantes.

Estes cabos de alta velocidade oferecem uma alternativa à China, cujas empresas tecnológicas estão cada vez mais activas na Região do Pacífico Sul. As tensões entre os Estados Unidos e a China diminuíram, com Bliken a visitar Pequim no mês passado, pela segunda vez em menos de um ano, mas a administração de Joe Biden disse que a China é o principal rival a longo prazo da liderança global dos EUA.

Nas Ilhas Salomão, o ministro dos Negócios Estrangeiros pró-China, Jeremiah Manele, foi eleito Primeiro-Ministro na quinta-feira, derrotando um adversário que queria reduzir a influência de Pequim neste pequeno país do Pacífico Sul.

 

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