“Rosa Baila”, “Chikitita”, “Perdão”, dentre outros sucessos que marcam o percurso artístico de Eduardo Paím, serão apresentados amanhã, a partir das 19h30, no concerto comemorativo aos 60 anos natalícios do cantor e produtor.
Os escritores Agostinho Neto e António Jacinto são, hoje, às 10h, homenageados como “Poetas da Liberdade”, no Festival de Música e Poesia, que acontece no auditório do Centro Cultural de Vila Nova de Foz Côa, em Lisboa, Portugal.
A exposição de arte intitulada “África Mulher”, inspirada no poema homónimo da poetisa Bell Neto, foi inaugurada, quinta-feira, no Hotel Fórum, em Luanda, e reúne um total de 14 obras produzidas em acrílico sobre tela, técnica mista e instalação de casca de palmeira e papietagem.
A mostra colectiva, sob curadoria de Jardel Selele, é um desafio para várias artistas da antiga e nova geração saírem da zona de conforto, permitindo mostrar, em vários tons, a verdadeira arte feminina.
A exposição dedicada às mulheres, cuja cerimónia de inauguração juntou perto de uma centena de amantes da arte plástica angolana, ficará patente ao público até ao próximo dia 5 de Abril.
Da mostra destaca-se a escultura "Silhueta”, da artista Maria Brandão, que representa a força da estrutura de uma mulher moderna com um corpo avantajado, delicado e afeminado, elucidando o actual contexto de beleza feminina.
Já a escultura "Retratos de alma”, da mesma artista, descreve uma mulher despedaçada, representando a vulnerabilidade e o complexo da alma, mostrando que apesar das vicissitudes da vida a mulher consegue seguir em frente.
Da exposição colectiva constam obras como "Toques de Cinza”, de Tatiana Ana, "África Despadronizada”, de Dyú-Art, "Versatilidades”, de Nguizani, "A voz do Olhar”, de Isabel Apolinário, "#1 e 2”, de Saray Palomino Péres, "Coroa leve e pesada”, de Helena Garcia, "Imponência na Fúria dos Ventos”, de Sílvia Vaz, "Realeza Africana”, de Imanni da Silva, "Muhatu”, de Isabel Apolinário, "Todos os ventres são África”, de Alzira Simões e Laysa Marques, "África Mãe Tons e Sons”, de Raquel Vaz, "Silhueta”, de Maria Brandão, "Retrato da Alma”, de Maria Brandão, "Bila Kukataa Asili Yake”, de Mariana Kumenda, "Negra Power”, de Oksanna Dias, e "A grandeza da mulher”, de Renata Cadete.
Apesar de ser uma mostra dedicada às mulheres, a cerimónia de inauguração contou com a presença de vários artistas da praça nacional, com destaque para o pintor Álvaro Macieira, que elogiou os trabalhos expostos, e da cantora Anabela Aya, que brindou os convidados com uma pequena actuação.
À saída da galeria, a artista Mariana Kumenda, que participa na mostra com uma obra, considerou a exposição desafiante e muito significativa, por se tratar de um poema que retrata as origens africanas. "África é o berço da humanidade, ela por si só consegue dar vida a outros continentes por intermédio dos vários recursos que possui”.
A artista Helena Garcia, que participa com a obra "Coroa leve e Pesada”, disse que procurou transmitir a força do cabelo crespo e mostrar às mulheres que devem valorizá-lo acima de tudo.
A artista acrescentou que teve muito cuidado ao produzir a obra porque sabia da responsabilidade que lhe foi atribuída. "Foi uma enorme responsabilidade falar sobre África. Mesmo com medo não deixei de aproveitar o palco e transmitir a minha mensagem de esperança”.
Já a poetisa Bell Neto, cujo poema "África é Mulher” dá título à exposição, disse que foi desafiada pela organização a fazer um poema generalizado e ligado à mulher, em alusão ao mês de Março, representando a força das mulheres em todas esferas da sociedade.
"Toda vez que uma mulher escreve ou lê significa que é uma porta aberta. Anteriormente muitas não tinham voz, e é através de um livro que, muitas mulheres têm contribuído significativamente para a cultura em vários níveis”, reforçou.
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