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Forças perto da Ucrânia vão usar arsenal nuclear

O Ministério da Defesa russo disse, ontem, que o Chefe de Estado, Vladimir Putin, ordenou a realização, em breve, de exercícios nucleares com tropas perto da Ucrânia, em resposta a alegadas ameaças de líderes ocidentais contra Moscovo.

07/05/2024  Última atualização 09H49
Manobras estão focadas na preparação da defesa de Moscovo © Fotografia por: DR

"Durante o exercício, serão tomadas uma série de medidas para preparar as forças na utilização de armas nucleares não estratégicas", frisou o Ministério russo num comunicado publicado na rede social Telegram, citado pelo Notícias ao Minuto.

A medida, segundo o comunicado, foi tomada "por instrução do Comandante-em-Chefe Supremo das Forças Armadas da Federação Russa, Vladimir Putin”. As manobras pretendem manter a prontidão do Exército na defesa do país, perante as constantes provocações e ameaças feitas contra a Rússia por certos responsáveis ocidentais", acrescenta o Ministério russo.

Os exercícios envolverão a Força Aérea, a Marinha e as Forças do Distrito Militar do Sul, que se localizam muito perto da Ucrânia e cobrem as regiões que Moscovo integrou. A data e o local dos exercícios não foram anunciados.

Em Outubro de 2023, a Rússia anunciou que o Presidente Vladimir Putin supervisionou lançamentos de mísseis balísticos durante manobras militares destinadas a simular um "ataque nuclear massivo" a Moscovo.

Durante os exercícios, um míssil balístico intercontinental Iars foi disparado da base espacial de Plesetsk, no Norte da Rússia, e outro, um míssil balístico Sineva, foi lançado a partir de um submarino no Mar de Barents.

A organização foi tornada pública no mesmo dia em que a câmara alta do Parlamento Russo, o Conselho da Federação, aprovou a revogação da ratificação do Tratado de Proibição de Testes Nucleares (CTBT).

Desde o início do conflito na Ucrânia, em Fevereiro de 2022, o Presidente russo tem falado sobre um possível uso de armas nucleares. A Rússia implantou este arsenal táctico na Bielorrússia, o aliado mais próximo e vizinho da União Europeia, no verão de 2023.

A doutrina nuclear russa prevê um uso "estritamente defensivo" de armas atómicas, no caso de um ataque à Rússia com armas de destruição em massa ou em caso de agressão com armas convencionais "que ameacem a própria existência do Estado".

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