Política

Governador destaca projectos construídos em duas décadas

Lourenço Bule | Menongue

Jornalista

O governador do Cuando Cubango, José Martins, destacou, quinta-feira, na cidade de Menongue, que a província construiu, em 22 anos de paz efectiva, imponentes infra-estruturas económicas e sociais, que abriram caminho para o desenvolvimento e crescimento da região, que foi barbaramente assolada pela guerra civil que perdurou cerca de 27 anos no país.

06/04/2024  Última atualização 12H15
Governador do Cuando Cubango, José Martins © Fotografia por: Edições Novembro
Ao discursar no acto provincial das celebrações do dia 4 de Abril, José Martins disse que antes do alcance da paz no Cuando Cubango existiam apenas duas escolas do ensino médio e hoje conta com oito instituições do Ensino secundário do segundo ciclo, muitos dos quais com núcleos em outros municípios.

José Martins realçou que durante 22 anos de paz no Cuando Cubango construíram-se 80 escolas do primeiro ciclo, espalhadas em todos os municípios da província. Antes deste período existia apenas uma, o Liceu nº24 CCM2 Comandante Kwenha.

O dirigente explicou que até 2002, no Cuando Cubango, existia apenas um único hospital na cidade de Menongue, actualmente conta com nove, 21 centros de saúde, três centros materno-infantis e 87 postos de saúde.

Segundo o governante, há 22 anos atrás para viajar de Menongue ao Cuchi, Cuito Cuanavale ou Caiundo era preciso um dia inteiro e o comboio do Caminho-de-Ferro de Moçâmedes (CFM) faz actualmente a viagem em poucas horas, apesar de haver ainda muito por se fazer noutros municípios da província. "Qualquer balanço a ser feito à volta dos 22 anos de paz, deve passar incontornavelmente pelo desconto necessário de 27 anos de guerra que o país viveu até Abril de 2002, ano em que a paz foi definitivamente instaurada em todo o território nacional”, disse.

José Martins disse que a luta actual passou a ser travada noutros campos, isto é, na agricultura, indústria e na construção de escolas e hospitais, abrindo caminho para o crescimento e para o desenvolvimento de Angola, em geral, e da província do Cuando Cubango, em particular.

O governador salientou que, apesar da crise económica que assola o país e o mundo, as autoridades continuam a assumir grandes desafios, de modo a elevar os níveis de desenvolvimento económico e social do Cuando Cubango”, disse o governante.

Mais desenvolvimento

José Martins disse que o Cuando Cubango tem vindo, nos últimos anos, a conhecer um desenvolvimento sustentável, com a implementação e execução de uma carteira de projectos, que fazem parte do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) e do Programa Integrado de Desenvolvimento e Combate à Pobreza (PIDLCP).

O governante referiu que dos 76 projectos da carteira do PIIM que a província beneficiou já foram inauguradas e entregues à população duas mangas de vacinação nas comunas do Missombo e Caiundo, um posto de saúde na comuna do Caiundo, duas escolas de sete salas de aula cada, rede de distribuição de energia eléctrica em todos os bairros da cidade e postos policiais no Kalupassa e sede do município de Menongue.

No município de Nancova foi inaugurado o sistema integrado de abastecimento de água e ligações domiciliares, balneários e lavandarias comunitárias, ao passo que no Cuito Cuanavale foi inaugurado um posto de saúde e uma morgue com nove gavetas, bem como um pavilhão de artes e ofícios.

Acrescentou que no Rivungo foram construídos furos de água na sede comunal de Luiana, ao passo que no Cuchi foi inaugurado um posto policial no Cutato e um posto de saúde no Tchinguandja e em Mavinga foram erguidas mangas de vacinação de gado. O município do Cuangar beneficiou de um banco de sementes e um centro de formação técnico-profissional, acções erguidas no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).

Segundo o governador provincial, na execução do PIIM no Cuando Cubango foram adquiridas e distribuídas viaturas às administrações municipais e comunais, bem como a outras instituições do Estado, de modo a corresponderem com as suas responsabilidades de proporcionarem "mais vida aos municípios”.

Defender e consolidar a paz

José Martins disse haver necessidade de defender, preservar e consolidar a paz, como garante da criação de condições para afirmação e realização dos direitos inalienáveis dos cidadãos, por ser este, depois da Independência, o bem mais precioso do povo angolano.

Disse que para a promoção da cultura de paz no país, em geral, e no Cuando Cubango, em particular, "temos de promovê-la primeiro nos nossos corações de forma individual”, de modo a associar isso ao todo nacional e juntos dar passos mais importantes em busca do objectivo maior, que é o bem-estar do povo angolano

"Ainda é notório no seio de muitos o espírito de ódio, intriga e de inveja, ao ponto de desrespeitar os órgãos de soberania legitimamente eleitos, com ofensas morais e incitação a actos de violência para desestabilizar o país, vandalizando os bens públicos, só porque acham que é desta forma que se deve conquistar o poder”, acusou.

José Martins disse que as populações do Cuando Cubango condenam e desencorajam essas práticas maléficas, buscando a justiça e através do perdão concreto reforçar a reconciliação e o amor ao próximo.

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