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Guerra em Gaza rasgou as lições do Holocausto

A secretária-geral da Amnistia Internacional afirmou que a guerra na Faixa de Gaza “rasgou em pedaços” as lições aprendidas com o Holocausto e simboliza o fracasso do sistema pós-Segunda Guerra Mundial e do Direito Internacional.

26/04/2024  Última atualização 13H15
© Fotografia por: DR

"O ano de 2023 lançou o mundo numa descida a um inferno cujos portões foram trancados em 1948, ano da adopção da Declaração Universal dos Direitos Humanos”, referiu Agnès Callamard no relatório anual sobre o Estado dos Direitos Humanos no Mundo, publicado, quarta-feira, pela Organização Não-Governamental (ONG).

Para a responsável, e perante os acontecimentos ocorridos nos últimos seis meses no enclave palestiniano, as lições morais e jurídicas do "nunca mais”- expressão que se refere ao extermínio de mais de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial, conhecido como Holocausto, foram "rasgadas num milhão de pedaços”.

Na sequência dos "crimes horríveis perpetrados pelo Hamas a 7 de Outubro de 2023 - quando mais de 1.000 pessoas, na sua maioria civis israelitas, foram mortas, milhares feridas e cerca de 245 pessoas feitas reféns ou cativas-Israel instigou uma campanha de retaliação que se tornou numa punição colectiva”, acusou a secretária-geral da Amnistia Internacional.

"É uma campanha de bombardeamentos deliberados e indiscriminados contra civis e infra-estruturas civis, de negação de assistência humanitária e de fome planeada”, classificou a representante da Organização.

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