O país registou 90 mil casos de desnutrição grave em crianças no ano passado, de acordo com os dados disponibilizados pela Direcção Nacional de Saúde Pública.
As empresas do sector privado foram solicitadas, segunda-feira, pelo governador provincial de Luanda, Manuel Homem, a participarem mais das acções de interesse público da capital do país.
O Banco de Urgência de Medicina e os Serviços de Clínica Geral do Hospital Américo Boavida foram, segunda-feira, encerrados para obras de reabilitação e requalificação, informou o director-geral da unidade sanitária, Mário Fernandes.
O médico explicou que, durante esse período, todos os utentes e pacientes devem dirigir-se a outras unidades sanitárias. "O hospital vai transferir, esta semana, todos os pacientes internos, que ainda vão estar nas diferentes enfermarias dos cuidados médicos até sábado, no máximo, data em que todos vão estar já no Hospital Geral de Viana”, esclareceu.
Ontem, os pacientes e outros utentes que procuravam pelos outros serviços de saúde e assistência médica da instituição foram aconselhados a dirigirem-se para outros hospitais. O hospital, disse, tem todos os meios e equipamentos preparados para o apoio e transporte de todos os pacientes em estado clínico grave e em vias de recuperação.
"Até ontem, estivemos abertos só para os casos graves e acompanhamento dos pacientes internados no Hospital, processo que vai continuar até sábado. Os pacientes em consultas externas e com casos leves estão a ser orientados a procurarem as unidades sanitárias mais próximas para a assistência médica”, referiu.
De acordo com alguns funcionários, que preferiram o anonimato, os Serviços de Pediatria foram transferidos para o hospitais Neves Bendinha e David Bernardino, enquanto outras especialidades vão para os hospitais dos Cajueiros, Geral de Luanda, Josina Machel e do Prenda.
Até
ao fecho desta reportagem observou-se um ambiente calmo e sem muita afluência
de utentes ao Hospital Américo Boavida, diferente de quando todos os serviços
da unidade sanitária estavam em funcionamento. Até ontem, estavam a funcionar
apenas o banco de cirurgia, para o atendimento de casos de quedas, acidentes de
viação, ferimentos, fracturas e alguns pacientes internados.
Pouca divulgação
Beatriz Domingos, 31 anos, padece de infecção pulmonar e é uma paciente em tratamento em regime ambulatório. Por desconhecimento do encerramento do hospital, dirigiu-se, ontem, até à unidade sanitária para o atendimento médico.
Com espanto, disse, logo à entrada foi informada de que era o último dia a ser atendida nos serviços da unidade sanitária e nos próximos dias deveria ir a outros hospitais especializados, em função da enfermidade.
Sónia Marisa, 47 anos, é outra paciente que disse não ter informações sobre o encerramento do hospital. Ontem foi à consulta externa de Urologia e deparou-se com um movimento calmo, algo fora do comum, até que os funcionários ainda em serviço a avisaram que todos os serviços e o hospital estariam encerrados para obras de requalificação.
Constrangida, pediu mais esclarecimento e comunicação por parte da direcção e dos funcionários, no sentido de se evitar os constrangimentos e transtornos com o público no futuro. "É um hospital de referência, não só a nível do Marçal e Rangel, mas de muitas outras localidades de Luanda. Muitos vão continuar a vir ao hospital em busca de ajuda médica. Por isso, é bom haver uma maior divulgação da informação de que agora estão fechados”, defendeu.
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