Reportagem

Ilha do Mussulo foi destino turístico de cidadãos nacionais e estrangeiros

Weza Pascoal

Jornalista

A Ilha do Mussulo, um dos principais destinos turísticos de Luanda, foi a escolha de cidadãos nacionais e estrangeiros, para o final de semana prolongado, devido ao Dia da Paz, celebrado na quinta-feira, dia 4.

06/04/2024  Última atualização 13H05
Mussulo foi um dos principais destinos da maioria dos turistas, provenientes de diversos pontos, que queriam passear no fim-de-semana prolongado © Fotografia por: Edições Novembro
No Embarcadouro do Mussulo foi possível constatar, ontem, um grande fluxo de pessoas que se deslocavam ao local para vivenciarem momentos de lazer, diversão e relaxe.

De acordo com a turista Nárcia Pinto, a Ilha do Mussulo é um dos melhores lugares turísticos da capital do país e uma zona indicada para quem precisa recompor as energias para voltar às actividades laborais com ideias inovadoras.

António Clemente escolheu o local para passar o feriado prolongado em companhia da família. "Desta vez escolhemos comer o Mufete e passar algumas horas na Ilha do Mussulo. Foi também uma oportunidade para permitir o lugar paradisíaco para alguns membros da família”.

Benedito Muango disse, em representação do gestor da Frota de Embarcações do Embarcadouro do Mussulo, que, desde quinta-feira, o número de clientes a fazerem a travessia com destino a Ilha do Mussulo teve um ligeiro aumento.

Actualmente, explicou, trabalhamos com mais de 100 funcionários devidamente preparados e 45 embarcações. "Cada uma das embarcações transporta 12 passageiros e a travessia custa mil kwanzas”, disse. 

Asseguramento

O delegado marítimo da Capitania do Mussulo, Adão Cassongo, garantiu que foram criados vários grupos de trabalho, alocados desde a Praia da Mabunda, Embarcadouro do Capossoca, Museu da Escravatura e na Ilha do Mussulo, para garantir o asseguramento do embarque e desembarque dos turistas.

Apesar de não avançar o número exacto de efectivos mobilizados, Adão Cassongo disse que, até ao momento, a equipa está a trabalhar sem sobressaltos em termos de recursos humanos e meios técnicos. "Temos capacidade suficiente para dar continuidade às actividades com normalidade”.

Na Ilha do Mussulo, continuou, foram criados vários pontos, que estão a ser assegurados pelos efectivos em prontidão, para intervir caso seja necessário e garantir a segurança dos cidadãos nestes quatro dias.

Desde quinta-feira, dia 4 de Abril, informou, mais de 1.500 cidadãos realizaram a travessia para o Mussulo. No local, informou, têm realizado, em companhia de outros efectivos, diversas acções de  sensibilização com os cidadãos, de modo a observarem todos os cuidados necessários, assim como pautarem pelo uso de coletes salva-vidas insufláveis e não se deixarem distrair com o uso de telemóveis em alto mar.

Proibição

Outra recomendação que estamos a dar aos marinheiros é no sentido de não obedecerem ao pedido de turistas que desejam ir para o Ilhéu dos Pássaros e não directamente à Ilha do Mussulo. "Estamos a impedir a ida de turistas naquele local, porque são praias isoladas, onde não temos efectivos em serviço para garantir a segurança das pessoas”, disse.

Hospital do Prenda

O director clínico do Hospital do Prenda, Manuel Francisco, explicou que no dia do feriado, 4 de Abril, a unidade sanitária registou um movimento calmo, onde foram atendidos um total de 287 pacientes, com diversas patologias, destes 18 resultaram em internamentos.

As patologias mais frequentes, disse, foram a malária, os ferimentos por agressão física e os Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC), como complicações da hipertensão arterial e da diabete mellitus.

Na sexta-feira, acrescentou, o dia foi agitado, o Banco de Urgência atendeu centenas de pacientes, maioritariamente adultos. "Acreditamos que o fluxo de pacientes se deve ao descontrolo da tensão arterial e da diabete descompensada, no feriado prolongado. A tendência das pessoas é abusar daquilo que é o normal, com a ingestão de bebidas alcoólicas e transgressões dietéticas”, criticou.

 
Estações rodoviárias da capital do país tiveram certa afluência

Cidadãos afluem aos terminais de passageiros

Miguel Brás

Centenas de cidadãos afluíram, ontem, aos terminais de passageiros aéreos e terrestres de Luanda, com o objectivo de passar o feriado prolongado, em outras províncias do país.

Paulo Nzinga escolheu o feriado prolongado para ir à província do Cunene, onde posteriormente, pretende ter acesso à vizinha República da Namíbia. "Vou aproveitar para espairecer no Cunene, resolver alguns assuntos pontuais e depois ir a Namíbia”, disse. Quem também escolheu outro ponto do país foi o jovem Edmilson Jorge, que aguardava chamada do voo com destino a Benguela.

Interprovinciais

As empresas de transportes colectivos de passageiros com destino a outras províncias também registaram um grande fluxo de passageiros. No terminal de passageiros do Huambo Express, Maurício António, em companhia da família, aguardava pela hora da partida do autocarro com destino ao Cuanza-Sul. Tal como Maurício, a jovem Ana Martins também aproveitou o feriado prolongado para visitar o cônjuge que vive fora de Luanda, devido ao trabalho.

Mobilidade

Ontem, a cidade de Luanda registou uma acalmia, durante o segundo dia do feriado prolongado. Em diversas localidades de Luanda, pessoas e automóveis circularam na normalidade.

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