A constatação é do analista para o basquetebol Herlander Coimbra. Em declarações ao Jornal de Angola, o antigo internacional acredita que o grosso dos seleccionáveis sairá da prova doméstica, face à confirmação de algumas ausências de jogadores que militam no exterior.

A convocatória, prevista para o próximo dia 10 (sábado), dará à equipa apenas 13 dias antes dos três jogos na Tunísia, de 23 a 25 do referido mês.

Contudo, a missão de formar uma equipa coesa enfrenta obstáculos, segundo  Herlander Coimbra, pois jogadores-chave, como Selton Miguel (NCAA) e Bruno Fernando (Atlanta Hawks da NBA), estão indisponíveis devido a compromissos académicos e falta de autorização da equipa, respectivamente.

"Além disso, António Monteiro e João Fernandes podem também estar ausentes, enquanto Dimitri Maconda, que só voltou a jogar há três meses, enfrenta a falta de ritmo de jogo", revelou o antigo triplista dos hendecacampeões.

Diante dessa realidade, Coimbra sugere que a convocatória provavelmente incluirá entre 16 e 17 jogadores, destacando a necessidade de uma equipa robusta para enfrentar os desafios da primeira janela de qualificação para o Afrobasket'2025.

A principal fonte de jogadores para a formação da equipa pode ser o Campeonato Nacional, mas a falta de tempo de observação directa por parte do treinador principal levanta dúvidas sobre a selecção final. Coimbra destaca a importância de determinar se há uma visualização prévia dos jogadores do campeonato ou se o treinador dependerá apenas dos que ele já conhece. O desafio é formar uma equipa competitiva em meio a essas incertezas e limitações temporais.

O analista Herlander Coimbra revelou que, devido a problemas familiares, Josép Clarós encontra-se em Espanha. A incerteza quanto à data da apresentação e à elaboração da convocatória adiciona complexidade à preparação para os próximos desafios dos hendecacampeões africanos.

Com um histórico de mais de 80 jogadores observados durante os três anos em que esteve à frente da selecção, Josép Clarós enfrenta agora a pressão de formar uma equipa competitiva num prazo extremamente curto.

A segunda janela acontece de 18 a 26 de Novembro, ao passo que a terceira e última acontece de 17 a 25 de Fevereiro de 2025, ambas com palco por indicar.

Após estas eliminatórias, as 16 melhores selecções vão disputar a fase final do Afrobasket 2025, cujo palco ainda não foi anunciado pela FIBA. Antes do início das eliminatórias da aludida prova, várias equipas vão disputar a pré-qualificação em todo o continente pelas quatro vagas restantes. 

A Selecção Nacional sénior masculina consta do Grupo E ao lado da anfitriã, Tunísia e, Guiné Equatorial e Quénia, a única série completa entre as demais.

O Sudão do Sul, único africano qualificado até agora para os Jogos Olímpicos París'2024, consta do Grupo A, ao lado da RDC e Mali. Vão aguardar pelo vencedor das pré-eliminatórias na Zona 6.

Cabo Verde que terminou em quarto lugar no último Afrobasket realizado em 2021, no Rwanda, está no Grupo B que conta igualmente com as formações da Nigéria, Uganda. O vencedor das pré-eliminatórias entre as Zonas 1 e 2 vai completar a série.

O Senegal, medalhista de bronze na edição de Kigali'2021, está no Grupo C com os Camarões e Rwanda, aguardam pela disputa das eliminatórias da Zona 3 e 4. O cabeça da Série D, Egipto, estará acompanhado da Côte d'Ivoire, República Centro Africana e o vencedor das pré-qualificações dos representantes da Zona 5, entre Madagáscar e Djibouti.