Angola e a República da Coreia assinaram, esta terça-feira, quatro instrumentos jurídicos nas áreas do Comércio, Saúde, Ordem Pública e Diplomacia.
O valor da importação de combustíveis caiu 21 por cento no primeiro trimestre, para 769 milhões de dólares, face aos últimos três meses do ano passado, de acordo com dados apresentados segunda-feira, em Luanda, pelo director-geral do Instituto Regulador de Derivados do Petróleo (IRDP), Luís Fernandes.
Os financiamentos concedidos aos jovens que se dedicam aos vários ramos do sector produtivo pelas seis províncias de implementação do Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial (PDAC) são tidos como sendo de forte impacto.
À reportagem do Jornal de Angola, jovens das províncias do Cuanza-Sul, Bié, Cuanza-Norte, Malanje, Huambo e Huíla, contemplados pela componente "PDAC Jovem” foram unânimes em reconhecer o alcance positivo do projecto nas suas vidas, quer seja no domínio empresarial, como do ponto de vista da realização pessoal.
Na província do Cuanza-Sul, concretamente no município do Amboim (Gabela), por exemplo, o testemunho é de Alberto Mateus, responsável da cooperativa "Hali Ipua”, que traduzido em português, significa "O sofrimento acaba”. Reconheceu ter dado passos significativos desde que a cooperativa foi contemplada com o financiamento do "PDAC Jovem”.
"Na nossa cooperativa, funcionávamos com algumas dificuldades, sobretudo para a aquisição de fertilizantes, sementes melhoradas, instrumentos de trabalho e outros meios, mas tão-logo fomos financiados, a situação mudou para melhor”, frisou, tendo realçado que o dinheiro recebido impulsionou e aumentou a capacidade produtiva da cooperativa.
Alberto Mateus anunciou que com os 32 milhões de kwanzas financiados pela componente "PDAC Jovem” foi possível dinamizar a produção de cereais, casos do milho, feijão e hortícolas, que, depois de vendidos no mercado, permitiram ultrapassar as dificuldades.
Na mesma senda de sucesso está a jovem Elisa Magalhães, que disse ter sido financiada pelo "PDAC Jovem” com uma quantia de quatro milhões e 200 mil kwanzas, aplicados na actividade comercial.
Para ela, o financiamento foi como um balão de oxigénio à actividade. Considera ter sido um milagre na sua vida.
"Tão-logo recebi o montante, adquiri duas motas de três rodas, para o transporte de mercadorias, das zonas de produção até ao mercado, mas ainda assim, apliquei o resto do dinheiro para a produção de milho, mandioca e ginguba, e, hoje, já conto com um montante para aplicar em outros negócios”, disse.
No município do Chinguar, província do Bié, o testemunho sobre sucesso é de Belo Ndala Malfaia, que a título individual, em Junho do ano passado, foi contemplado com o financiamento de quatro milhões de kwanzas, que investiu na produção de batata-rena e feijão. É hoje um jovem satisfeito pelos resultados alcançados.
"Antes do financiamento passava por muitas dificuldades, mas após o financiamento, marquei passos largos, passando de um hectare para três hectares, para a produção de batata-rena e feijão”, disse.
Filipe Domingos vive no município da Matala, província da Huíla. É proprietário da empresa FAD, Lda, vocacionada na produção de milho e batata-rena. Revelou que em Junho de 2023 foi contemplado com o financiamento de quatro milhões de kwanzas, que foram aplicados no aumento de área agricultável, tendo passado de três para 10 hectares.
"Com o crédito que recebi o ano passado, aumentei a área de cultivo e, hoje, tenho muitos rendimentos, além de empregar nove trabalhadores”, disse.
Sublinha que a única dificuldade reside no escoamento dos produtos para o mercado.
Na província de Malanje, o sucesso da componente "PDAC Jovem” é uma realidade.
O jovem Rui Adão Gonga, proprietário da empresa RAG&Filhos, Lda, disse que o financiamento de 24 milhões de kwanzas recebido em Outubro do ano passado permitiu sair da produção rudimentar para o processo mais moderno. Adiantou que do valor recebido, adquiriu maquinaria para a transformação, como a produção de farinha de milho e de rações.
"É uma viragem na minha vida empresarial, e valeu a pena o crédito recebido”, reconheceu.
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