Economia

Laboratórios da indústria extractiva fazem apostam em técnicos nacionais

Hélder Jeremias

Jornalista

A construção de vários laboratórios de análise química em várias regiões do país com vista a dar suporte à indústria extractiva e à formação de técnicos está a ter impacto directo na redução substancial da presença de trabalhadores expatriados no quadro orgânico das empresas do sector e poupança das despesas para fins de prospecção em kimberlitos primários e aluvionares.

06/05/2024  Última atualização 10H36
Mesa-redonda sob o lema “Laboratórios de Apoio ao Sector e o Seu Impacto no Desenvolvimento Sócio-económico do País” © Fotografia por: Francisco Lopes |Edições Novembro

A informação foi partilhada pelo administrador da Empresa Nacional de Diamantes (Endiama), Teófilo Chifunga, durante uma mesa-redonda sob o lema "Laboratórios de Apoio ao Sector e o Seu Impacto no Desenvolvimento Socioeconómico do País", no quadro do II Seminário subordinado ao tema "Impacto da Actividade Laboratorial no Desenvolvimento da Actividade do Sector", realizado sexta-feira no auditório do Instituto Superior Politécnico de Tecnologia e Ciências (ISPTEC).

A agenda de trabalhos teve enfoque na abordagem dos temas "Os Laboratórios de Pesquisa e Produção como Factores de Crescimento Económico", "Garantia e Controle de Qualidade em Laboratórios", "Estratégia para Garantir a Precisão e Confiabilidade dos Testes Laboratoriais", "As Melhores Práticas de QA/QC e Padrões Epecíficos do Sector".

No certame, que culminou com uma visita à exposição dos Laboratórios, estiveram ainda em análise "O Processamento de Acreditação dos Organismos de Avaliação de Conformidade (OAC) Regulação e Desafios", "Metrologia em Laboratório (Metrologia Legal e Procedimentos de Calibração", "Colaboração, Parcerias e Oportunidades para Impulsionar os Desafios da Indústria: Empresas do Sector e Instituições de Ensino", "Avaliação do Impacto Ambiental- O Papel dos Laboratórios na Avaliação das Operações Mineiras e Petrolíferas".

Teófilo Chifunga enalteceu a linha de força do Executivo, por intermédio do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, assente na criação de infra-estruturas que hoje permitem realizar tarefas de grande complexidade sem recurso a laboratórios no exterior do país, em função dos quais os gastos de importantes receitas diminuíram de forma substancial.

"O processo produtivo começa sempre por uma fase de prospecção onde os serviços são relacionados com análises químicas das amostras até então feitas no exterior com elevados custos, mas o nosso ministério, além de trazer para Angola alguns dos principais 'players' como a De Beers, Rio Tinto e Anglo América, construiu laboratórios que, em termos de equipamentos, estão justamente para atender estas necessidades", disse Teófilo Chifunga.

A Endiama, lembrou o administrador, hoje na qualidade de produtora com projectos próprios, está melhor preparada para a materialização de acções no domínio da prospecção, ou seja, pesquisa e produção tendo em conta a fiabilidade dos resultados que permitem caminhar para o desenvolvimento no campo geológico.

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