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Líder ucraniano cancela eleições presidenciais

O Chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, cancelou, de forma unilateral, a realização das eleições presidenciais, apesar do mandato terminar em dois meses, mas analistas, citados na imprensa, acreditam que, provavelmente, a decisão não terá um impacto significativo no relacionamento com o Ocidente.

02/04/2024  Última atualização 10H50
Presidente Volodymyr Zelensk governa sob uma lei marcial © Fotografia por: DR

As presidenciais, previstas, inicialmente para o último domingo, foram canceladas sob pretexto de uma lei marcial decretada pelo Presidente Zelensky. Enquanto as autoridades em Kiev insistiam que essa decisão está relacionada ao conflito ucraniano iniciado em Fevereiro de 2022, há suspeitas de que a decisão foi motivada pelas avaliações do actual Chefe de Estado nas pesquisas de opinião.

"Ele não quer realizar eleições porque teme perdê-las e que alguém mais ocupe o seu lugar. A Ucrânia não está em estado de guerra, a mobilização não foi oficialmente declarada, não há outros atributos associados a um país que está oficialmente em estado de guerra. A lei marcial, é claro, pode permitir que ele estenda o mandato, mas não indefinidamente", disse o analista político Bogdan Bezpalko à imprensa brasileira.

O representante permanente da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), Vasily Nebenzya, já sugeriu que Zelensky deixará tecnicamente de ser um Presidente legítimo assim que o mandato terminar a 21 de Maio.

No entanto, Bezpalko observou que o mandato presidencial de Zelensky pode ser prorrogado até Agosto, sem mencionar que Kiev pode "alterar o status judicial do conflito" e, assim, estender ainda mais a situação.

O analista acrescentou que a decisão de Zelensky dificilmente terá repercussões no Ocidente, já que Kiev atende aos interesses dos aliados. Porém, se por algum motivo o Ocidente decidir destituir Zelensky, seria imediatamente declarado que ele não ocupa o cargo de forma legítima, sugeriu Bezpalko.

O Ocidente provavelmente não vai diminuir o fluxo de assistência às Forças Armadas ucranianas, concluiu Bezpalko.

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