Cultura

Livros de escritores nacionais em destaque no primeiro dia

Maria Hengo

Jornalista

A valorização e promoção das obras de escritores dos países de língua portuguesa, estão patentes desde ontem, na feira do livro, promovida no Camões - Centro Cultural Português, em alusão ao Dia Internacional da Língua Portuguesa, assinalado a 5 de Maio.

10/05/2024  Última atualização 12H45
Editoras consideram positiva o evento por permitir o intercâmbio literário entre os leitores © Fotografia por: vigas da purificação | edições novembro

A actividade que decorre até hoje, das 10h00 às 17h00, termina com uma performance musical, e com um ciclo de cinema da União Europeia. Para atender a demanda, a  representante da Livraria Kiela e da Editora Cacimbo, Sara Paulo disse que levaram para a feira um total de 70 livros. Os preços, disse, estão avaliados entre cinco a dez mil kwanzas, para atender em dois dias, a procura de número de leitores.

A escolha dos títulos dos livros escolhidos pelas editoras "casou” com a temática desta edição. Segundo Sara Paulo a selecção dos títulos expostos tem conseguido agradar os leitores”, explicou.

Dos escritores nacionais, disse, seleccionaram Ondjaki, Pepetela, Israel Campos, Agualusa, Manuel Rui, Luandino Vieira e Fernando Pacheco. Dos autores internacionais, o destaque recai para o escritor moçambicano Mia Couto. "O objectivo foi fazer uma selecção que pudesse agradar a todos. Trouxemos alguns livros de quebra-cabeças, livros de colorir e do Ruca, avaliados entre os cinco a dez mil kwanzas”.

A feirante explicou que o Dia da Língua Portuguesa, significa um momento de partilha. "O dia deve servir de reflexão como também é um momento que nos permite falar sobre a importância dos livros e o hábito de leitura”, reforçou.

Já a livraria Plural Editores reuniu para o primeiro dia, um conjunto de 15 obras infantis, 13 das quais de autores nacionais, dez de Augusto Cury, como destaque para "Nunca Desistas dos seus Sonhos”. A feira está a promover, igualmente, outros livros como finanças, romance e auto-ajuda.

Quanto à interacção com o público, a responsável Maria Ramos reforçou que está a ser gratificante.

Quanto às expectativas, a feirante considerou positiva, porque actualmente o número de leitores tem vindo a crescer. Aconselhou os jovens a visitarem a feira e a investirem nos livros. "Quem lê não se torna apenas numa outra pessoa, mas também tem uma visão diferente sobre o mundo”, alertou.

 Sobre a data, a representante da livraria Plural Editores, reforçou, que é uma efeméride que deve representar a união dos povos. "Devemos aproveitar a feira para a interacção e promover no mesmo espaço várias culturas e costumes dos países falantes da língua portuguesa.”

 

Encontro de gerações

João Malunga, da editora Acácia, explicou que a feira está a ser um encontro de gerações e que deve ser partilhada pelos escritores e os leitores. "Temos livros suficientes como de auto-ajuda, romance, motivacional e infantis de autores angolanos e estrangeiros”.

O objectivo, realçou, é alcançar um número de público diversificado, apesar da pouca adesão ainda nas primeiras horas da abertura. A feira está a ser uma boa experiência para ajudar a promover e divulgar a produção literária nacional. Os livros, disse, estão avaliados entre os cinco a dez mil kwanzas.

Quanto à importância da Língua Portuguesa, o coordenador da feira, Kiaco Zambo, explicou que o Camões tem vindo a realizar actividades culturais que criam conexão entre os povos, para marcar a data.

Para além de unir culturas, línguas e nações, disse, a Língua Portuguesa é um instrumento importante de comunicação, o que tem ao longo das décadas, permitido a criação de conexões e unir culturas.

Kiaco Zambo explicou que todos os anos existe um conjunto de actividades realizadas para marcarem a data. "Começamos no dia 6 do corrente mês com o programa ‘Conversas com José Luís Peixoto’, que está a realizar um conjunto de actividades no país, em parceria com artistas angolanos e brasileiros”.

Como no ano passado, frisou, nesta edição contam com a parceria do Instituto Guimarães Rosa”.

Para o leitor, Domingos Garcia, que procurava os clássicos da literatura angolana, disse que a Língua Portuguesa uniu nações. "É uma oportunidade para o reforço das relações entre os povos, a promoção da mesma língua, reforçando ser um factor essencial para uma comunicação harmoniosa entre diferentes culturas.”

Edmiro António, do estúdio Olindomar, explicou que levaram para a feira 18 exemplares da Banda Desenhada "Gingongo” para atender o público infantil.

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