Treze concorrentes, entre nacionais e estrangeiros, revezam entre a captura e soltura dos peixes com vida ao mar. Durante três dias, os pescadores fazem-se ao mar, no entanto, as chuvas podem condicionar as pontuações.

Ontem, primeiro dia da contenda, o mau clima registado originou ligeiro atraso para o bimini start, partida das embarcações para o mar. Por razões técnicas, as equipas fizeram-se ao mar, trinta minutos depois da hora marcada (7h00).

Segundo consta, a escassez do pescado provocada pela actividade de pesca ilegal em alto-mar pelos navios de grande porte, fazendo recursos aos arrastões, constitui para os pescadores outro grande desafio. Uma preocupação manifestada, de igual modo, pela organização do certame, que se viu obrigada a endurecer o regulamento da prova. Apenas serão pontuadas as capturas devolvidas com vida ao mar.

De acordo com o vice-presidente da Federação Angolana de Pesca Desportiva para Zona Sul, Miguel Paim "Mike”, a medida visa a preservação das espécies e, desta forma, pretende-se incentivar a todos os profissionais de pesca tradicional e industrial a seguirem o mesmo exemplo e desaconselha aos pescadores o embarque do peixe.

Para a atribuição da pontuação estabeleceu-se a média mínima compreendida entre 408 e 474 kg. É nesta perspectiva que, até amanhã, a disputa pela melhor captura de pescado no alto-mar, recaem para os marlins azuis de maior pontuação (1500) e veleiros do Atlântico (500) e marlins brancos (450).

Na calha, os pescadores podem alcançar espécies de menor pontuação, mas com maior significância para a pesca desportiva, peixe-dourado e atum. A pontuação do primeiro vale oito por quilograma e o segundo 10/kg.