Investido, recentemente no cargo, o titular do desporto vai incidir o discurso na importância da medicina  do desporto em Angola num momento em que a luta contra as substâncias ilícitas prejudicam o bom desempenho dos desportistas no mundo. A morte prematura de atletas durante o exercício das actividades desportivas inquieta várias instituições internacionais. Por esse motivo, a WADA procura incentivar os  estados-membros do COI a adoptar medidas que salvaguardam o bem-estar físico e mental dos praticantes.

O incentivo do Estado angolano para a atracção de mais profissionais de saúde ligados ao desporto também merecerá uma atenção especial do governante, porquanto a investigação permite melhorar as técnicas médicas de avaliação e tratamento dos desportistas e aumento da qualidade de vida das populações.

O Conclave vai abrir com uma abordagem sobre a História da Medicina Desportiva em Angola, tema que versa sobre os desafios e pergaminhos que levaram até à consumação do CENAMED.

Hoje, os agentes do desporto reúnem-se em conferência híbrida sobre os novos desafios da medicina do desporto sob orientação de um especialista de nacionalidade portuguesa. Os atletas, treinadores, médicos, analistas de laboratórios, psicólogos, nutricionistas, dirigentes desportivos  vão tomar contacto com informações ligadas à prevenção primária, secundária e terciária, na qual se ressalta o tratamento de disfunções e lesões contraídas durante o desporto e exercício físico.

Amanhã, o dia está reservado a diferentes especialistas que vão abordar temas como a importância do sono para atletas, psicologia desportiva, avaliação cardíaca na pré-época, nutrição, treinamento físico e uso de anabolizantes e substâncias psicotrópicas.

A traumatologia desportiva, reabilitação física e fisiologia do desporto também constam do painel do segundo dia de trabalhos. Os profissionais de saúde juntam-se a um especialista de nacionalidade brasileira que vai apresentar conceitos do impacto do trabalho multidisciplinar no rendimento desportivo.

O CENAMED foi inaugurado a 11 de Fevereiro de 2000 pelo então ministro da Juventude e Desportos, Marcos Barrica. A instituição goza de autonomia financeira, segundo o Decreto Presidencial nº 2/21 de 4 de Dezembro que esclarece: "O Centro Nacional de Medicina do Desporto exige recursos que suportam programas e acção de investigação, estudo e tarefas de promoção à institucionalização e regulamentação de serviços de medicina desportiva, através de exames médicos que declarem a existência de qualquer contra-indicação".