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Moçambique: Missão da União Europeia já formou 1.659 militares

A Missão de Treino da União Europeia em Moçambique (EUTM-MOZ), liderada por Portugal, formou mais de 1.650 militares moçambicanos das forças especiais que já combatem o terrorismo em Cabo Delgado, disse, domingo, à Lusa o seu comandante.

06/05/2024  Última atualização 11H21
Missão de Treino da União Europeia actua em Moçambique © Fotografia por: DR

"Formamos até ao momento um pouco acima dos 1.650 militares especializados em forças especiais, quer fuzileiros, quer de comandos. Formamos também já mais de uma centena de formadores", detalhou o brigadeiro-general João Gonçalves, da Força Aérea Portuguesa, que lidera a EUTM-MZ, à margem da cerimónia que antecipou, em Maputo, o dia da Europa (09 de Maio).

"Estamos a capacitar as Forças Armadas de Defesa de Moçambique [FADM] com formadores para serem autónomos e continuarem a manter este ciclo de formação e ciclo de vida das próprias QRF [11 Forças de Reação Rápida já formadas], porque elas têm que ser regeneradas", acrescentou, sublinhando que o treino ministrado é o "considerado adequado" pelas próprias FADM "para o tipo de insurgência" em Cabo Delgado, Norte do país. Os comandos e fuzileiros moçambicanos formados pela EUTM-MOZ já estão no terreno, numa altura em que está em curso a retirada das forças militares dos países da África austral que apoiavam Moçambique no combate ao terrorismo.

"Estamos convencidos de que o treino e o número de militares que estamos a treinar é decisivo na abordagem ao conflito em Cabo Delgado", sublinhou, reconhecendo, ainda, o retorno "bastante positivo" das acções no terreno destes militares. "As autoridades moçambicanas, os próprios elementos, os militares que temos treinado, têm-se referido com muita apreciação pelo trabalho que temos desenvolvido. É importante notar que isto tem sido uma evolução contínua e nós temos tido a flexibilidade e a capacidade de ir adaptando à medida da evolução, quer do conflito do norte, quer das próprias necessidades das FADM", explicou brigadeiro-general João Gonçalves.

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