Sociedade

Monitorização do ambiente tem apoio de 55 milhões de dólares

Joaquim Suami

Jornalista

A União Africana e Europeia vão financiar, em dez anos, 55 milhões de euros para a execução do Programa de Monitorização Global do Ambiente e Segurança de África (GMES & Africa), que visa fornecer imagens de satélite de alta resolução aos países africanos.

06/04/2024  Última atualização 11H43
Centro de Convenções de Talatona acolheu durante quatro dias a nata da indústria espacial © Fotografia por: Edições Novembro
O programa GMES & Africa, que vai aproveitar para obter dados de satélite, a partir do projecto europeu COPERNICUS, está estruturado em duas fases. A primeira foi executada entre 2016 e 2021 e a segunda  decorre de 2021 a 2025.

A especialista em comunicação digital da União Africana Thioco Niang disse que o programa GMES & Africa foi implementado para assegurar a avaliação e monitorização do estado dos recursos naturais, como água, vegetação, recursos marinhos e zonas costeiras.

Acrescentou que o programa contempla, igualmente, a gestão de recursos hídricos, zonas húmidas, observação marítima e costeira da zona Sudoeste de África e a monitorização dos recursos naturais, bem como a segurança alimentar da zona Oeste do continente.

De acordo com a especialista da União Africana, o projecto, que é resultado da estratégia de cooperação de longo prazo com a União Europeia, vai servir também para a observação da Terra, recursos hídricos e marítimos do Norte de África.

"Este é um dos programas emblemáticos que está a ser implementado, no âmbito da Agenda 2063, e baseia-se no princípio de que as instituições nacionais e regionais trabalhem, em conjunto, para a implementação de propostas temáticas que visam prevenir o contágio das situações climáticas”, disse.

O projecto conta, igualmente, com a participação de 170 instituições de 45 países africanos e de uma rede de mais de 40 universidades do continente.  

Formação de especialistas

Neste particular, Thioco Niang indicou que o programa GMES & Africa já formou mais de dez mil especialistas e estudantes de 200 instituições africanas, o que constitui a maior e mais densa rede de licenciados em observação da Terra em África.

"Estes licenciados constituem a base da massa crítica de capital humano que África necessita para combater e adaptar-se às alterações e variabilidades climáticas”, ressaltou.

O Programa de Monitorização Global do Ambiente e Segurança de África (GMES & Africa), que está a ser implementado em 46 países africanos, foi apresentado durante a III edição da Conferência NewsSpace Africa-2024, que a capital do país, Luanda, acolheu de 2 a 5 deste mês.

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