Desporto

Mulheres pedalam na Marginal de Luanda

Rosa Napoleão

Jornalista

Trinta e quatro mulheres dos vários clubes de ciclismo, juntaram-se domingo na nova marginal de Luanda, para uma passeata, numa altura em que se aproxima o mês dedicado à mulher.

26/02/2024  Última atualização 10H42
Pedaladas serviram para fortificar os laços entre praticantes © Fotografia por: Edições Novembro

O desejo de fortalecer os laços entre as ciclistas e incentivar outras à prática da modalidade, foi o lema da passeata que percorreu algumas artérias da baixa de Luanda. O tiro de largada aconteceu na Ilha do Cabo, passando pela marginal, Porto de Luanda e regresso ao ponto de partida.

A passeata que contou com alguma presença masculina teve pequenos constrangimentos de acesso às vias, sendo que muitas estavam encerradas devido a prova de atletismo por ocasião do 49º aniversário  da Sonangol, que acontecia igualmente na zona da Maianga.

No decorrer da passeata observou-se o olhar atento de muitas mulheres nas calçadas que se maravilhavam com o cenário e até acenavam para as ciclistas.

Esta iniciativa pode incentivar outras mulheres, à prática da modalidade. O restaurante Oceano na Ilha de Luanda foi o destino final do evento. Conversas, risadas, comes e bebes, preencheram o ambiente.

As ciclistas presentes na actividade, pedalaram em representação aos clubes ACT (Amadores Cicloturismo), KB (Kambas da bicicleta), Clube Desportivo RV All Stars, Petro de Luanda e o TATU.

 

Adalgiza dá nota positiva à passeata das mulheres

A atleta do Clube Amadores Cicloturismo (ACT), Adalgiza Santos, considerou bastante proveitoso o resultado da passeata das mulheres ciclistas. Em declarações ao Jornal de Angola, a ciclista que fez parte da organização confessou estar orgulhosa do feito.

"Estou satisfeita com o desfecho deste trabalho. Penso que cumprimos na íntegra como planejamos. Vamos aproveitar que estamos juntas para falarmos das nossas inquietações, como os espaços seguros para pedalar, a liberdade e a independência à bicicleta. Esperávamos ter cá um maior número de mulheres, mas as que apareceram serviram para o que se pretendia. Graças a Deus o clima estava bom e terminamos bem a passeata", disse.

A atleta prometeu continuar a trabalhar no sentido de promover mais eventos como estes e motivar cada vez mais as mulheres ciclistas. "Vamos continuar  a fazer o mesmo nos próximos anos, não apenas para as que já praticam, mas sobretudo ganharmos mais mulheres para o ciclismo".

Adalgiza Santos fez ainda referência aos benefícios da prática do ciclismo na vida das mulheres. "Pedalar promove a saúde física e mental. Queremos  fortalecer os laços entre as mulheres, lutando igualmente contra as doenças. Queremos uma comunidade de apoio mútuo", explicou.

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