Sociedade

Município de Luanda lança projecto de combate à criminalidade juvenil

Engrácia Francisco

Jornalista

A Administração Municipal de Luanda e o Comando Municipal da Polícia Nacional apresentaram, sábado, na capital do país, um projecto de integração juvenil, criado com o objectivo de ajudar na reintegração social e combate à delinquência juvenil, através da massificação da prática desportiva nas comunidades.

06/05/2024  Última atualização 08H42
Iniciativa vai começar com as associações de judo e jiu-jitsu © Fotografia por: Edições Novembro

De acordo com o comandante municipal de Luanda, o projecto denominado "Stop Rixa” vai ajudar a reintegrar jovens delinquentes no mundo do desporto. Numa primeira fase, disse, vão trabalhar com as associações de judo e jiu-jitsu e depois expandir para outras modalidades.

Lázaro Conceição avançou que a ideia é identificar talentos e integrá-los no desporto e na cultura, como forma de prevenir a ocorrência de crimes. "Inicialmente, mais de 50 jovens, entre os 11 e os 16 anos, vão participar no projecto.

O superintendente-chefe explicou que a Polícia Nacional vai trabalhar nas comunidades, de forma a identificar os jovens a serem encaminhados às academias para reintegração. "Quem quer integrar o filho, como forma de evitar que este siga o caminho da criminalidade, deve dirigir-se à esquadra mais próxima, onde terá toda a ajuda necessária”, referiu, acrescentando que a Polícia vai manter contacto permanente com os responsáveis das academias, para garantir o devido acompanhamento dos jovens.

Além da prática desportiva, destacou, o projecto inclui, ainda, formações nas áreas das artes. "A meta é reduzir o número de rixas que ocorrem maioritariamente nos bairros de Luanda, com realce no do Prenda, Rangel e Samba”, frisou.

 
Apoios

Durante o lançamento do projecto, realizado no Campo Multiusos da Avenida 21 de Janeiro, no bairro Rocha Pinto, distrito urbano da Maianga, a administradora municipal de Luanda reiterou o apoio incondicional às famílias que convivem com jovens delinquentes.

Milca Caquesse manteve, no acto, contacto directo com as mães de jovens que abrangeram na primeira fase do processo. "A delinquência juvenil e as lutas de gangues são uma preocupação a nível da província de Luanda. Queremos com esse programa ajudar a reintegrar os jovens”, disse, além de informar que a acção vai abranger, também, as raparigas.

Satisfação

Maria de Castro, mãe de Abel de Castro, de 15 anos, disse ter ficado satisfeita pelo filho ter aceitado o convite de participar no projecto e assim abandonar a vida de delinquência. "Estou muito feliz por ele sair dessa vida de crime”, disse, acrescentando que o filho é membro de um grupo de rixas. Residentes no bairro Prenda, Maria de Castro afirmou que tem sido muito difícil ver o filho envolvido neste meio. "Conto com toda a ajuda, pois tenho de cuidar, também, além dele, de dois irmãos, com problemas de saúde mental”, disse.

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