Cultura

Noite dos Sabores encerrou a segunda semana das festividades

Analtino Santos e Armindo Canda

Jornalistas

As festividades do Mês da Francofonia continuam amanhã às 18h00 no anfiteatro Wyza, da Fundação Arte e Cultura, com a realização do concerto “Ensemble de percussão” do grupo BKB. O evento anterior aconteceu na passada sexta-feira com a realização da “Noite de Sabores” que teve lugar no Palácio de Ferro, em Luanda.

25/03/2024  Última atualização 09H05
© Fotografia por: DR

O programa de actividades arrancou a 14 de Março com o espectáculo da cantora Sara Saka no Shopping Fortaleza e a inauguração da exposição " Kubuni: Banda(s) Desenhada(s) de África”. O evento teve as intervenções do embaixador da Côte d’Ivoire, Santiéro Jean-Marie Somet, e da embaixadora de França, Sophie Aubert, os anfitriões desta edição. Também está a decorrer a exibição de sete filmes no Cine Max da mesma superfície comercial.  O propósito é homenagear a riqueza e diversidade cultural da língua.

No seguimento acontecerá amanhã o concerto do grupo franco-burkinabe BKB que teve na formação original as irmãs Melissa, Ophélie e Aicha, que dominam instrumentos como dumdum e marimba, oferecendo uma fusão única de músicas africanas e electrónicas. Nascidas em França, os pais são originários do Burkina Faso. O pai, músico amador, ensinou-lhes desde cedo ritmos tradicionais como o djembe e o balafon.

Hoje, o projecto tem duas integrantes, Ophélia no balafon e Aïcha misturando sons electrónicos de toda a África, que as duas irmãs decidiram apresentar. O surpreendente percurso de Ophélia levou-a a embarcar na aventura de Vol du Boli no Théatre du Chatelet em 2020, ao lado de Damon Albarn, antes de ser descoberta pelo trombonista Fidel Fourneyron para o projecto "Bengué” e pela pianista Eve Risser para "Red Désert Orchestra”.

Pratos ivorienses

Várias personalidades nacionais e estrangeiras participaram na "Noite dos Sabores” realizada no Palácio de Ferro onde degustaram a gastronomia dos países francó-fonos presentes e foram brindados musicalmente pela Orquestra Camunga com interpretações de temas nacionais e franceses.

A chuva miúda que caiu não afastou os convidados de vários pontos de Luanda que estiveram presentes para provar os pratos típicos de cada país, com realce para a Côte d Ivoire, Gabão, França, Emirados Árabes Unidos, Rwanda, Vietname, Bélgica, Suíça, Mauritânia, República Democrática do Congo, Guiné Equatorial e Marrocos.    

Para os presentes, era visível que a arte da culinária é uma das mais puras expressões de identidade cultural depois da língua.  No pequeno levantamento feito pela nossa reportagem foi constatado que os pratos da Côte d`Ivoire e do Gapão foram os mais apreciados

Em declarações ao Jornal de Angola, o presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, disse que o encontro traz uma experiência interessante, ao recordar que já participou de uma actividade da francofonia em Moçambique.

"Nestes encontros, cada país traz os seus hábitos e costumes, no geral, e particularmente a gastronomia. Mas para além disso, serve igualmente para conversa e fazer network com os países que participam deste ano”.

José Severino explicou que a actividade, também, serve para fortalecer as relações económicas, e o ambiente é de alegria, e desde já felicita a organização do evento porque tudo está em conformidade. "O mundo hoje é global e as culturas se cruzam”.

O presidente da AIA disse que aproveitou a ocasião para provar a gastronomia da Côte d´ Ivoire, Repúblicas Democrática do Congo, Árabe e França, acrescentando que o encontro está a reforçar as relações da organização que dirige com os países francófonos.

Para Alice Beirão, a noite esteve agradável, e é sempre bom conhecer outras realidades e provar a gastronomia de outros países. "Gostei bastante da comida da Côte d’Ivoire, e degustei dos pratos típicos da Suíça, França, Vietname, Bélgica e Marrocos”.

Sandra Gaspar, uma outra visitante, referiu que a experiência que tem é louvável, porque junta várias culturas e sabores num único espaço, frisando que, "para si o mundo é sabores, cultura e união”.

Na sua visão, cada cultura é importante por ser a identidade de um povo, e representa a realidade do mesmo. "Tive a oportunidade de provar a gastronomia da Suíça, Congo, Vietname e dos árabes, os pratos típicos destes países são bons, gostei muito”.


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